O CRESCER apresenta o último texto do 10ºA, dos onze publicados no jornal PÚBLICO. Um por dia...
Um planeta com poucos
espaços verdes
Tudo começou quando a população se deparou como uma
mudança gigantesca no “mundo lá fora”. Está tudo diferente, o ambiente, a
sociedade, as regras, as normas de segurança, tudo...
Aqui no ano de 2122, as pessoas são obrigadas a
frequentar a escola desde o jardim de infância até ao 12ºano, mesmo depois de
atingirem a maior idade (18 anos) e as que quiserem prosseguir até ao ensino
superior, o Governo dá um apoio de cerca de 1000 euros e oferecem alojamento.
Os alunos começaram a ter direito a transporte gratuito da casa para a escola e
em caso de problemas físicos (dificuldade em locomoção) e psicológicos têm
direito a um apoio de 1500 euros, almoço e cuidadora gratuita.
Os horários escolares são muito melhores, todos entram
às 8h30 e saem às 12h30, depois voltam a entrar às 14h e saem às 17h.
A sociedade, muito mais moderna, já aceita todo o tipo de pessoas, diferentes religiões, tons de pele, orientação sexual. A violência doméstica, psicológica e sexual, tem leis adequadas para punir os seus agressores, e de proteção às vítimas.
desenho de Marta Vidinha, aluna de 12º ano, Ermesinde |
As regras mudaram completamente, todas as lojas não alimentares fecham às 19h e as restantes lojas às 23h. As normas de segurança também mudaram por completo, em todos os locais são obrigados a ter seguro de vida e de trabalho.
Em questões ambientais, o planeta tem poucos espaços
verdes, pois existem muitos mais edifícios, estátuas e praças. Havendo muito
poucos incêndios. Todos os veículos são completamente automáticos e elétricos,
possibilitando a pessoas com alguma deficiência física, cegos e surdos
conduzirem e saírem dos carros, sem precisarem de ajuda. As estradas contêm
sons e sinais para essas pessoas, ajudando assim a não haver a possibilidade de
acidentes e vítimas mortais nas estradas. Claro que ainda há acidentes nas vias
públicas, mas não tantos como no passado.
Nos hospitais toda a população, em casos de urgência,
pode comprar os medicamentos gratuitamente e, se forem medicamentos tomados
diariamente, ao fim de cada mês, recebem um cupão de desconto de 100% nas
farmácias.
Todas estas mudanças só aconteceram devido em 2022 ter
começado uma grande guerra entre a Rússia e a
Ucrânia que durou
cerca de um ano e seis meses. Depois de estar tudo destruído, os países da
União Europeia (apoiantes da Ucrânia) contribuíram para a sua reconstrução,
conseguindo assim mudar a cabeça das pessoas e o mundo, pois algumas pessoas
não tinham capacidade mental para aceitar que o que se estava a passar era
muito grave.
Houve também muitas alterações climáticas que
influenciaram a vida das pessoas no início, mas depois a população começou a
habituar-se a estas diferenças e mudou drasticamente os seus comportamentos.
Não foi um processo simples, muita gente ficou com graves problemas
neurológicos, respiratórios e cardiovasculares, enchendo muitos os hospitais.
Algumas pessoas com mais idade, infelizmente, não reagiram bem a estas
alterações climáticas, acabando mesmo por falecer.
Com estas alterações climáticas, os glaciares começaram a derreter, fazendo com
que o mar “engolisse” as costas marítimas, destruindo praias e habitações.
Temos muito pouco pasto para os animais e menos campos agrícolas devido a não
haver chuva suficiente para a rega e para o enchimento das barragens, o que
também põe um pouco em causa a existência de água potável para o nosso consumo.
Os nossos antepassados poderiam ter evitado algumas
destas “desgraças”, mas estavam um pouco focados no desenvolvimento dos países
e no enriquecimento da sociedade em geral.
Raquel Castro, 10º A
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