sexta-feira, 28 de outubro de 2022

mudança da hora: saiba como se adaptar sem prejudicar a saúde e o sono

Associação Portuguesa de Sono (APS) sugere indicações para facilitar transição para hora de inverno.

No próximo dia 30 de outubro, pelas 2h, o relógio atrasa uma hora dando início ao horário de inverno. Esta mudança oferece o “bónus” de uma hora. Na noite de dia 29 (sábado) para o dia 30 de outubro (domingo), às 2h o relógio passa a marcar 1h em Portugal continental e na Madeira. Já no arquipélago dos Açores, à 1h os ponteiros recuam para a meia noite.

Esta mudança não altera apenas o tempo que marcam os ponteiros, mas também tem repercussões no ser humano, que tem de adaptar o seu relógio interno. O ritmo circadiano de cada um é regulado por vários fatores. A luz natural é um dos mais importantes, influenciando a secreção da melatonina que regula o grau de sonolência na preparação para a noite.

De acordo com o Presidente da Associação Portuguesa de Sono (APS), Joaquim Moita, a adaptação a esta transição horária é variável entre as pessoas, podendo levar uma semana até que se consiga fazer o ajuste.

Nas crianças, em particular, “poderá corresponder a uma alteração dos esquemas horários de deitar e das sestas, sendo que aquelas crianças que têm tendência a acordar muito cedo poderão passar a acordar, pelo novo horário, uma hora mais cedo”, dificultando o sono dos pais, acrescenta a Pediatra Maria Helena Estêvão.

Assim, a APS indica algumas sugestões para facilitar a transição para a hora de inverno:

Na semana anterior à mudança da hora aconselha-se:

  1. Seguir as rotinas habituais da ida para a cama;
  2. Manter o mesmo horário para deitar (ganhando mais uma hora para dormir) se não tiver dificuldade na adaptação da transição;
  3. Em caso de adaptação difícil ou quando se tratar de uma criança, recomenda-se o seguinte esquema:
    • Na quarta-feira anterior e durante 4 dias, deitar a criança 30 minutos mais tarde (deixando-a dormir mais 30 minutos na manhã seguinte, se possível);
    • No domingo à noite, deitá-la à hora habitual (na nova hora), ficando a dormir novamente no seu esquema próprio;
  4. Mudar a hora nos relógios no sábado à noite;
  5. Seguir as rotinas das refeições e das atividades habituais.
Importa que, enquanto não chega a hora permanente, se tente fazer a melhor adaptação possível, uma vez que esta alteração tem impacto na saúde. Por este motivo, a APS defende a permanência do horário padrão, o chamado horário de inverno. Tendo em conta os estudos científicos existentes e pesando vantagens e inconvenientes, a APS considera que a permanência no horário padrão tem efeitos benéficos para a saúde física e psicológica, com eventual repercussão sócio-económica positiva. @ Sapo


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