sexta-feira, 15 de julho de 2022

Conselho de Ministros decide: arquivo do Diário de Notícias é Tesouro Nacional

Em decreto oficial do Conselho de Ministros desta manhã, o Governo declara todo o acervo do Diário de Notícias como Tesouro Nacional.


É o justo reconhecimento de uma marca de grande valor", sublinhou o CEO do grupo GMG, dono do Diário de Notícias, em reação à notícia de que o arquivo completo do DN entre 1864 e 2003 - abarcando tudo quanto foi publicado durante esses quase 140 anos, fotografias, ilustrações e todo o tipo de documentos - foi considerado Tesouro Nacional.

A decisão foi tomada no Conselho de Ministros desta manhã e, segundo o decreto aprovado pelo governo, justifica-se não apenas por se tratar da publicação mais antiga do país e ainda em atividade mas também por se tratar de "uma publicação de referência da imprensa portuguesa, tendo já atravessado três séculos de história". Previamente, foi obtido parecer favorável, por unanimidade, da Secção de Arquivos do Conselho Nacional de Cultura.

"Esta decisão do governo preserva um legado importantíssimo para a História, para a democracia portuguesa e para o jornalismo, de que o DN sempre foi escola", comentou também a diretora do Diário de Notícias, Rosália Amorim.

Também o dono desta publicação, Marco Galinha, considera que este passo contribui para "dignificar os jornalistas que passaram por esta casa", sendo reconhecimento do trabalho diário feito para conservar o Diário de Notícias relevante e independente ao fim de 157 anos.

O decreto governamental, com origem no Ministério da Cultura, diz que "é classificado como de interesse nacional o arquivo do Diário de Notícias (1864 - 2003), constituído por bens arquivísticos e fotográficos custodiados, atualmente, pela empresa Global Média Group".

  Eduardo Coelho, fundador do Diário de Notícias, numa caricatura de Raphael Bordallo Pinheiro

O DN foi fundado em 1864, em Lisboa, pelo jornalista e escritor Eduardo Coelho e pelo industrial tipográfico Tomás Quintino Antunes (conde de São Marçal). A partir de 1940, e até 2016, o jornal funcionou na Avenida da Liberdade, no primeiro edifício no país a ser construído especificamente para ser uma redação, sendo decorado com murais de Almada Negreiros. Pardal Monteiro foi o autor do plano arquitetónico, pelo qual recebeu um Prémio Valmor. @ DN

Sem comentários:

Enviar um comentário

O CRESCER agradece o seu comentário.