Com os computadores para alunos e professores já nas escolas, o programa Escola Digital avança agora com outras medidas como a desmaterialização dos recursos educativos, a expansão da conectividade e a instalação de laboratórios.
Numa nota enviada esta semana às escolas, a que a Lusa teve acesso, o Ministério da Educação refere que estão em curso os procedimentos para a concretização de um conjunto de outras medidas no âmbito da Escola Digital.
No total, as melhorias agora em curso para a digitalização do ensino ultrapassam os 360 milhões de euros, um investimento no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Segundo a nota, o investimento mais significativo, no valor de 184,5 milhões de euros, é para a expansão da conectividade à internet da Rede Alargada da Educação e ampliação nas redes, que está já a ser preparada e que permitirá a utilização simultânea dos equipamentos e recursos digitais.
Por outro lado, está em curso a contratualização da produção de recursos educativos digitais e a disponibilização de e-books em bibliotecas escolares digitais, a desmaterialização de processos de avaliação e a disponibilização de instrumentos de monitorização físico-motora para a educação física e desporto escolar, que resultam de um investimento de 115,6 milhões de euros.
A caminho das escolas estão ainda novos equipamentos de projeção, que até ao final do período de implementação do PRR deverão totalizar 40 mil novos projetores, no valor de 33,2 milhões de euros, e 15 mil computadores para os serviços de administração das escolas, no valor de 7,4 milhões de euros.
“Estão, também, a decorrer os procedimentos aquisitivos para a instalação de 1.300 Laboratórios de Educação Digital nas escolas com 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, compostos por equipamentos para projetos de eletrónica, robótica, impressão 3D, módulos de desenvolvimento e simulação, e outros, no montante de 25,8 milhões de euros”, acrescenta a nota.
O Ministério da Educação sublinha que os investimentos agora em curso vão possibilitar a participação dos alunos em projetos específicos para o desenvolvimento de competências digitais e para a utilização generalizada de recursos educativos digitais.
“Pretende-se, assim, cumprir o objetivo de recolocar Portugal na liderança no domínio das competências digitais, através de medidas centradas na qualidade das aprendizagens e na igualdade de oportunidades de acesso ao conhecimento digital, articuladas com os objetivos do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória”, refere a tutela.
Também no âmbito do PRR, e em linha com as medidas de valorização do ensino profissional, vão ser instalados, até 2025, 365 centros tecnológicos especializados que resultam de um investimento de 480 milhões de euros.
Estes novos centros, refere o Ministério, vão permitir a criação de 20 mil vagas por ano em cursos de ensino profissional das áreas de formação para a indústria, para a produção de energia a partir de fontes renováveis e para a informática e conteúdos digitais.
“Este investimento no ensino profissional despertará nas gerações mais novas o gosto e o interesse pelo setor das tecnologias de informação e comunicação, pela indústria em geral, pelo desenvolvimento de competências nestes domínios e articula-se com o investimento no ensino experimental das ciências”, sublinha o Ministério. @ Sapo
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