O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) considerou hoje que a nova variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2 representa um risco "muito elevado" e exige medidas "urgentes e fortes", de modo a proteger os sistemas de saúde.
Desse modo, e porque os países da UE ainda enfrentam o impacto severo da vaga da variante Delta, "um novo aumento das hospitalizações poderá rapidamente sobrecarregar os sistemas de saúde", pelo que o ECDC considera que o risco do impacto da sua propagação é "muito elevado".
"Com base nas provas limitadas atualmente disponíveis, e dado o elevado nível de incerteza, o nível global de risco para a saúde pública associado à emergência e propagação da variante Ómicron é avaliado como muito elevado", assume então o centro europeu, que recomenda uma "ação urgente e forte" para reduzir a transmissão do vírus, "a fim de aliviar a já pesada carga sobre os sistemas de saúde e proteger os mais vulneráveis nos próximos meses".
Segundo o ECDC, é necessária "uma rápida reintrodução e reforço das intervenções não-farmacêuticas" para reduzir a transmissão da variante Delta em curso e retardar a propagação da variante Ómicron, mantendo sob controlo a carga sobre os cuidados de saúde.
O centro europeu recomenda designadamente que sejam tomadas medidas para evitar grandes reuniões públicas ou privadas, encorajar a utilização de máscaras faciais, reduzir os contactos entre grupos de indivíduos em ambientes sociais ou de trabalho, privilegiar o teletrabalho, testes alargados e forte rastreio de contactos.
De acordo com o ECDC, as autoridades devem aconselhar cuidados adicionais durante as viagens e nas reuniões familiares (com 'mistura intergeracional') durante a época natalícia e de festas de fim de ano.
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