Apesar da pandemia, confirma-se a estimativa da esperança média de vida aos 65 anos para o triénio de 2018 a 2020. Assim, a idade de acesso à reforma que vigorará em 2022 será superior à deste ano.
Desde 2016 que a idade de acesso à pensão de velhice é ditada pela evolução da esperança média de vida aos 65 anos. À boleia dessa indexação, a idade da reforma, subiu, por exemplo, para 66 anos e quatro meses em 2018 e, entre 2019 e 2020, ficou estacionada nos 66 anos e cinco meses.
No final de 2020, o INE divulgou a estimativa provisória — agora confirmada — do indicador em causa para o triénio entre 2018 e 2020, tendo indicado que a esperança média de vida aos 65 anos no triénio de 2018 a 2020 fixou-se em 19,69 anos, o que dita, segundo a fórmula prevista na legislação, a subida da idade da reforma para 66 anos e sete meses, em 2022.
De acordo com os demógrafos ouvidos pelo ECO, o impacto da pandemia sobre a esperança média de vida aos 65 anos deverá ter maior expressão no triénio entre 2019 e 2021, que ditará a idade da reforma de 2023. Aliás, à boleia dessa projeção, os especialistas admitem mesmo que, nessa altura, se verifique um recuo histórico da idade de acesso à pensão de velhice.
É importante notar que os pensionistas que contem com mais de 40 anos de contribuições têm acesso à “idade pessoal da reforma”, isto é, está previsto um desconto de quatro meses em relação à idade normal de acesso à pensão por cada ano de descontos que o trabalhador tiver acima dos 40. No limite, é possível passar à pensão antes dos 65 anos, sem qualquer corte. @ ECO
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