quarta-feira, 9 de junho de 2021

escritor Alberto Manguel vai comissariar conferências dos 100 anos de José Saramago

Cinco conferências sobre José Saramago, comissariadas pelo escritor argentino Alberto Manguel, destacam-se no programa das comemorações do centenário de nascimento de José Saramago, que se assinala a 16 de novembro de 2022, anunciou hoje a Fundação Saramago, em Lisboa.


Consolidar a presença do escritor na história cultural e literária, em Portugal e no estrangeiro, e prestar homenagem à sua figura como cidadão são objetivos das comemorações, cujas "linhas gerais" foram anunciadas hoje, na Fundação José Saramago, na presença do comissário da iniciativa, o professor Carlos Reis, e da presidente da Fundação, Pilar del Rio.
A apresentação de hoje incidiu sobre as bases do programa, sem pormenores de cada atividade, como no caso das conferências coordenadas pelo bibliófilo, investigador e diretor do futuro Centro de Estudos da História da Leitura, de Lisboa, ainda sem data e sem os locais definidos; e sem a parte internacional, que acontecerá em vários países, entre os quais Espanha e Brasil, e que será divulgada no seu devido momento, como foi hoje afirmado.
A 16 de novembro próximo, dia em que o escritor que venceu o Nobel da Literatura em 1998 completaria 99 anos, 100 escolas do ensino básico promoverão a leitura, em simultâneo, do conto infantil do escritor "A Maior Flor do Mundo", numa parceria entre a Fundação José Saramago, a Rede de Bibliotecas Escolares e o Plano Nacional de Leitura.
Um ano depois, a 16 de novembro de 2022, 100 escolas do ensino secundário promoverão a leitura, em simultâneo, de páginas de "Memorial do Convento" e de "O Ano da Morte de Ricardo Reis", de novo numa parceria entre a Rede de Bibliotecas Escolares e o Plano Nacional de Leitura.
Entre as duas ações, correrá o ano do centenário, em que a leitura é ato constante, na diversidade de toda a programação, alvo de apelo permanente e de elogio.
A partir da leitura de textos do escritor, as escolas incentivarão igualmente representações artísticas, em diferentes suportes e linguagens, a partir de uma seleção de ilustrações para exibição no 'website' da Fundação, numa parceria com o Plano Nacional das Artes, que mantém a Rede de Bibliotecas Escolares e o Plano Nacional de Leitura.
Constam também do programa leituras dramatizadas de "O Ano da Morte de Ricardo Reis", pelo Teatro Nacional S. João, com escolas associadas, leituras, debates e exposições com ampliação à Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, numa parceria entre a Fundação, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas e as bibliotecas municipais de Lisboa, e leituras abertas de textos do escritor, na Antena 2, por personalidades convidadas.
Entre as 13 leituras académicas previstas nas comemorações, destaca-se o II Colóquio de Estudos Saramaguianos, pelas universidades federais do Rio Grande do Norte e Fluminense, no Brasil, de 16 a 18 de novembro próximo, um colóquio temático a realizar na Universidade de São Paulo, a 09 e 10 de dezembro deste ano, e a VI Conferência Internacional José Saramago, da Universidade de Vigo, em Espanha, a decorrer nos próximos dias de 10 a 13 de dezembro.
"Com as vontades, cuja força aprendemos no 'Memorial do Convento', evocaremos o centenário de José Saramago, em vários eixos de atuação, porque a sua obra literária e o seu pensamento a isso aconselham: no eixo da biografia, no da leitura, no das publicações e no das reuniões académicas", disse Carlos Reis.
A celebração do Centenário de José Saramago congrega entidades muito diversas, em Portugal e noutras partes do mundo. Nesse contexto, a Fundação José Saramago (FJS) assumirá um papel central, respeitando, naturalmente, a autonomia dos atores e das instituições que venham a dar contributos próprios ao Centenário, garantiu.
O programa das comemorações inclui iniciativas distribuídas por vários domínios, não sendo todas da responsabilidade direta da Fundação. @ Sapo

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