segunda-feira, 14 de junho de 2021

"Ágora", de Ana Luísa Amaral, vence prémio literário Francisco de Sá de Miranda 2021


Há duas semanas, o CRESCER informou que  a poetisa Ana Luísa Amaral tinha sido reconhecida pelo Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana.

capa de "Ágora"

Hoje, o CRESCER informa que a mesma Ana Luís Amaral venceu o Prémio Literário Francisco de Sá de Miranda 2021, pela obra "Ágora", editada pela Assírio & Alvim. A informação foi anunciada pelo Município de Amares, que promove a iniciativa. 

Ágora, o novo livro de poemas de Ana Luísa Amaral, é uma combinação de poesia  com imagens de obras de arte. São poemas que emergem da contemplação de obras de arte. Ana Luísa Amaral oferece-nos um conjunto de poemas que falam de uma “inquietação de Deus”, que se pressente em toda a sua poesia. 

Vivemos um tempo de destruição, sobretudo dos parâmetros em que nos habituámos a ser e ter.  Vivida esta sucessão de “quarentenas” que não sabemos por quanto tempo se prolongará, alimentamo-nos da esperança que qualquer obra de arte representa: a possibilidade de reinventar o mundo. Ler e contemplar este livro de poesia pode ser um momento único e um bálsamo para os tempos que estamos a viver. (daqui)

Aprecie esta escolha do CRESCER. O quadro é de Caravaggio e o poema que o reinventa é de Ana Luísa Amaral.


Caravaggio, 
A Ceia de Emaús


(…) Tenho a mão soerguida

e o dedo em paciente e costumeiro gesto,

esse com que me vestem

tantas vezes.

(…) Como fui visto

sem ser visto eu?

(…) Ah, poder despir-me

dos meus trajes

aqueles que em divino me transformam

e comer só o pão, em fome e paz,

encaixilhado à luz

deste retrato –

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