Cerca de 2.500 artistas brasileiros, incluindo o cantor e escritor Chico Buarque e o ator Gregório Duvivier, lançaram na segunda-feira um manifesto pela destituição de Jair Bolsonaro da presidência do Brasil, devido à gestão da pandemia.
"Diversas medidas poderiam ter sido tomadas para reduzir o número de mortes, mas não foram. A estratégia seguiu direção contrária. O descaso e a negação das conquistas científicas continuam sendo incentivados", indica o manifesto divulgado no `site` da organização Jornalistas Livres.
A par do manifesto, foi ainda lançado um abaixo-assinado pela destituição do atual chefe de Estado brasileiro, num evento virtual que juntou nomes como o do cantor e compositor Ivan Lins, a atriz Malu Galli, o músico Zeca Baleiro, o indígena Ailton Krenak, o rapper Emicida ou a atriz Maria Bopp.
"Sou uma pessoa comum, filho de um militar e de uma professora primária, fui bem educado, graças a Deus. Não consigo imaginar um presidente no nível deste 'cara', que tem total desprezo pela vida humana. Um presidente que nunca visitou um hospital para dar força aos médicos, que tem coragem de sugerir a imunização de rebanho, um morticínio. Não temos um estadista, temos um terrorista", defendeu Ivan Lins no encontro.
"Nós convidamos a nação brasileira a um pleito único, urgente e fundamental, para que tenhamos a possibilidade de enxergar (ver) um futuro através da discussão pública e ampla do processo de impugnação do atual mandato da presidência da República. Cessar um Genocídio", reforça o manifesto.
"O presidente da Câmara e os congressistas têm que colocar em discussão imediata o assunto, já que este é o desejo maior de grande parte da sociedade brasileira. Não podemos mais assistir impassíveis a essas manobras macabras e irresponsáveis que nos fazem perder, diariamente, milhares de vidas humanas para a covid-19 através de calculado genocídio", frisa.
Até ao final da noite de segunda-feira, o abaixo-assinado pela destituição de Bolsonaro já contava com cerca de 19.800 assinaturas.@ Sapo
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