quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Nobel da Literatura para a norte-americana Louise Gluck

 A poetisa norte-americana Louise Glück é a vencedora do Prémio Nobel da Literatura de 2020. O anúncio foi feito ao final da manhã desta quinta-feira, dia 8 de outubro, em Estocolmo.
O galardão foi atribuido a Louise Glück  pela sua "voz poética inconfundível que, com beleza austera, torna a existência individual universal", frisa a Academia Sueca nas redes sociais.
No anúncio do prémio, o secretário permanente da Academia Sueca, Mats Malm, disse ter falado momentos antes com a laureada, que recebeu a notícia “com surpresa, mas bem-vinda”, tanto quanto foi possível perceber tendo em conta a hora.
Considerada uma das melhores poetisas contemporâneas dos Estados Unidos, Glück é conhecida pela sua precisão técnica e sensibilidade, em  obras sobre solidão, relações familiares, divórcio e morte. Os primeiros livros da autora focam-se em casos de amor fracassados, em encontros familiares que acabam mal e no existencialismo. Perda, isolamento, rejeição são outros dos temas abordados nas obras da norte-americana.
Em 1993, a norte-americana venceu o Pulitzer para obras de poesia. Nos Estados Unidos, Louise Glück já foi também distinguida com a Medalha Nacional de Humanidades, Prémio Nacional do Livro, Prémio National Book Critics Circle Award e com o Prémio Bollingen.
Gluck, por publicar em Portugal, fez a sua estreia literária com “Firstborn”, em 1968, e foi “rapidamente aclamada como uma das mais proeminentes poetas na literatura contemporânea americana”. Está representada na coletânea "Rosa do Mundo - 2001 Poemas para o Futuro", da Assírio & Alvim (2001), com o poema "O Poder de Circe".
O Nobel da Literatura, envolto em diversas polémicas nos últimos anos, tem um valor superior a 900 mil euros. Gluck torna-se na sétima mulher a ser distinguida este século e a 16.ª, desde o começo, entre as 117 pessoas a quem foi atribuido o Nobel da Literatura.
O nome do português António Lobo Antunes esteve entre os favoritos, mas os analistas defenderam que, este ano, o Prémio deveria ser atribuído a uma mulher. @ Sapo

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