Senhores professores, como se sentem no final desta sexta-feira e relativamente à experiência do E@D?
Deixem-me adivinhar: exaustos. Porque tudo é novo, porque é a primeira vez que se põe em prática, porque não sabem fazer, porque não tiveram tempo para aprender, porque se sentem inseguros, porque já não se pode fazer "como dantes".
Tudo isso é verdade, mas o que também é verdade é que, com esta pandemia, surgiu uma grande oportunidade de mudança.
Sejamos otimistas e tentemos ver a outra face da moeda. Se não houvesse esta emergência, alguém se aventuraria a sair da sua área de conforto? Provavelmente não. Assim, fomos todos empurrados para mudar. E rapidamente. Por isso nos sentimos exaustos e até frustrados, pois tentamos fazer, esforçamo-nos ao máximo, ensaiamos, gastamos dias inteiros a tentar aprender e, na hora, não correu tão bem assim. Mas vamos com calma. A pressa é inimiga da perfeição. Porém, sejamos resilientes e aproveitemos a oportunidade. Tudo há de correr bem.
Retenham o esforço feito. Guardem os sucessos atingidos. Amanhã vai ser melhor.
No final desta sexta-feira, eu também estou exausta, mas o que quero mesmo guardar é que foi fantástico assistir à felicidade dos jovens ao poderem estar naquelas classrooms. O que quero guardar é o pedido "Não podemos ficar mais um bocadinho?". O que guardo é "Professora, quando voltarmos à escola, podemos continuar a trabalhar assim?". O que não vou esquecer é "Já acabou, foi tão bom!". É isto que vou guardar para poder continuar.
Fiquem bem. Fiquem tranquilos. Em casa.
Manuela Couto
Deixo um link para uma entrevista de Stefania Giannini, a mais alta responsável das Nações Unidas para a Educação, dada à TSF. Segundo ela, "a pandemia vai mudar o paradoxo da educação".
Como sempre, um texto fantástico, cheio de ternura e otimismo.
ResponderEliminarMuito obrigada Manuela.
Manela,
ResponderEliminarTu consegues escrever tão bem tudo aquilo que nos vai na alma...
Obrigada.
Como é bom saber que, apesar de estarmos todos no mesmo barco, a navegar por águas agitadas e algo turbulentas, todos temos uma bóia de salvação que nos une e faz da nossa resistência, a resiliência de vencer e seguir em frente e fazer do Cabo das Tormentas, o Cabo da Esperança. Grata por mais um texto de ânimo e companheirismo.
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