Cumprem-se hoje 75 anos da libertação do maior campo de concentração e extermínio da II Guerra Mundial erigido pelo regime nazi. A data, que não por acaso coincide com a celebração anual do Dia da Memória do Holocausto, é marcada pela cerimónia em Auschwitz- Birkenau e pela presença de 200 sobreviventes, além de chefes de Estado e embaixadas de todo o mundo.
Será que, como disse Jonathan Littell ao Expresso, “70 anos é o máximo para as pessoas manterem uma memória coletiva sobre o horror do passado”? Que três gerações de paz é “o máximo a que podemos aspirar”?
Símbolo do extermínio
Não é certamente por acaso que o Dia da Memória do Holocausto, também comemorado hoje, coincide com o da libertação do mais mortífero campo de concentração e extermínio da II Guerra Mundial. Porque Auschwitz é o símbolo do horror nazi, é o resumo, a síntese do seu auge. Houve muitos horrores nesses anos, disseminados por muitos países, mas poucos ultrapassam o deste local em grandeza e estatísticas, em aplicação satisfatória da ‘solução final’, em precisão das técnicas encontradas, em quantidade de meios mobilizados para o objetivo do ‘trabalho até à morte’.
Esta segunda-feira, na cerimónia anual em Auschwitz-Birkenau, acessível em streaming no site do Museu a partir das 14h30 (hora portuguesa), os sobreviventes são os principais convidados. Esperam-se pelo menos 200, vindos dos Estados Unidos, Canadá, Israel, Austrália, além de alguns países europeus. Em termos de chefes de Estado, conta-se com a presença dos de Austrália, Áustria, Alemanha, Bélgica, Bulgária, Croácia, Finlândia, Grécia, Hungria, Irlanda, Israel, Letónia, Lituânia, Holanda, Noruega, Polónia, Roménia, Eslovénia, Reino Unido e Ucrânia, além de uma vintena de embaixadores - Portugal está representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. (excertos de notícia de Expresso)
Há dois anos, uma ex-aluna e colaboradora do jornal escrevia estas palavras, após ter feito uma visita, com a escola, a Auschwitz, cuja notícia aqui publicamos:
"Auschwitz (...) desperta-nos
para o mundo atual, que está repleto de conflitos que põem em causa os direitos
humanos e nos transmitem a mensagem que somos
nós que traçamos o nosso futuro e que estamos a tempo de impedir muitas
crueldades. Afinal de contas, todas estas atrocidades não aconteceram assim
há tanto tempo! Efetivamente, e citando George Santayana, “Aqueles que não são
capazes de recordar o passado estão condenados a repeti-lo.” Margarida Morais 12ºF
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