quinta-feira, 2 de maio de 2019

mais de 2 mil alimentos à venda vão ter menos sal, açúcar e gordura má

A DGS assina esta quinta-feira protocolos com a indústria alimentar para tornar mais saudáveis produtos que os portugueses consomem todos os dias como iogurtes, pão, cereais e sumos.


O processo vai implicar a reformulação dos produtos que representam pelo menos 80% do total de vendas de cada categoria, disse ao Público a responsável pelo Programa Nacional para a Alimentação Saudável.
Iniciados em fevereiro de 2017, e previstos para junho de 2018, só esta quinta-feira vão ser assinados os protocolos negociados pela Direção-Geral da Saúde para a redução das quantidades de sal, açúcar e ácidos gordos trans nos alimentos à venda em Portugal, noticia a TSF. Entre os mais de 2 mil produtos afetados, segundo o jornal Público, estão batatas fritas, refeições prontas a consumir, cereais de pequeno-almoço, iogurtes, refrigerantes, néctares de fruta, aperitivos e pão.
As mudanças foram negociadas ao abrigo do Programa Nacional para a Alimentação Saudável, tendo o Ministério da Saúde chegado a acordo com sete associações empresariais ligadas à restauração e à produção e distribuição alimentar: Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, Associação Nacional dos Industriais de Gelados Alimentares, Óleos, Margarinas e Derivados, Associação Nacional Comerciantes Industriais Produtos Alimentares, Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios, Associação Portuguesa de Produtores de Flocos de Cereais e Associação Portuguesa de Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas.
Conseguimos assegurar que este processo vai implicar a reformulação dos produtos que representam pelo menos 80% do total de vendas de cada categoria“, garantiu a responsável pelo Programa Nacional para a Alimentação Saudável, Maria João Gregório, ao Público. Até 2022, segundo indicou à mesma publicação, deverá haver uma redução de 10% no açúcar dos alimentos (7% nos néctares de fruta), de 10% no sal das batatas fritas e de 12% no das pizzas e dos cereais de pequeno-almoço. A quantidade de ácidos trans gordos (os que mais afetam a saúde) ficará definida em função da quantidade de gordura de um alimento: dois gramas por cada cem gramas de gordura. No caso do pão, será alargado o entendimento estabelecido com as associações de panificação (um grama de sal por cem gramas de pão).
As previsões iniciais do Governo apontavam para uma quebra de 1.825 toneladas de sal e de 13 mil toneladas de açúcar por ano (comparando o consumo de 2022 com o de 2016). Já o impacto no consumo de gordura trans “Não vai ser significativo”. A responsável pelo Programa Nacional para a Alimentação Saudável admite que provavelmente os valores não serão alcançados, mas indica que os resultados “não serão muito distantes”.  @Observador

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