quarta-feira, 12 de outubro de 2016

a dança da chuva tem ciência


A chuva está de volta!
Sem ter um guarda-chuva e não querendo ficar ensopado coloca-se-nos um dilema: corremos ou seguimos devagar à chuva?
É claro que o pior é ficarmos parados à chuva a deslindar a solução da questão. A quantidade de água que tomba sobre a nossa cabeça é proporcional ao tempo em que estamos parados ou, acrescente-se, em movimento.
Se avançarmos, além de nos molharmos por cima, pela água que tomba na vertical, molhamo-nos pela frente, por avançarmos contra a que está adiante.
Ora, a encharcadela à frente é tanto mais rápida quanto maior a velocidade de progressão. Contudo, é também certo que, indo a correr, estamos menos tempo expostos à chuva, ou seja, recolhemos menos água à frente. O balanço destas duas condições de resultados opostos, é que a barrela pela frente deixa de depender da velocidade da progressão mas, sim, apenas da distância a percorrer como em ciência certa se pode demonstrar. Quanto a esta, a distância, não a podemos alterar.
Por isso, se é sua intenção molhar-se o mínimo, dê a corda toda aos sapatos, voe até ao seu destino. Quanto menor o tempo da corrida, menor a quantidade de água a cair-lhe por cima. A que é arrecadada pela frente é, em qualquer das duas situações, a mesma.

No caso contrário, esqueça a ciência. Avance, erga os braços e rodopie, estamos no outono.

Sérgio Viana

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