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O CRESCER tem vergonha. Muita vergonha.
O trabalho não chega para que 495 mil portugueses saiam da classificação de empregados pobres em Portugal. Era esse o número de trabalhadores em situação de pobreza em 2014, mais 26 mil do que em 2011.
Nos anos em que a troika esteve no país, registou-se um aumento neste indicador, relativo a população ativa pobre. Se no ano em que começou o ajustamento representavam 9,9% dos trabalhadores no país, em 2014 a percentagem subiu para os 11%, de acordo com o Diário de Notícias.
Os dados de dezembro divulgados pelo INE representam uma preocupação para o Executivo, que tem na “redução efetiva da percentagem de trabalhadores em risco de pobreza, através de um complemento salarial” uma das suas bandeiras.
Isso mesmo deixou claro o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, numa conferência da OCDE em Paris. Dentro do conjunto de países ricos, Portugal ocupa o sétimo lugar na lista de maiores desigualdades salariais.
O aumento do salário mínimo, já acordado com o novo Governo, o “crédito fiscal para famílias com baixos rendimentos” e o “reforço das políticas e instrumentos de aprendizagem ao longo da vida” pretendem contrariar essa realidade.@ N ao M
Foto fantástica!
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