sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

as escolhas de...

Todas as sextas-feiras o CRESCER vai andar por aí a fazer perguntas e vai querer conhecer as escolhas dos visados




Desta vez, pedimos as escolhas relativas a uma música, uma personalidade histórica e as razões para uma imagem formal...


As escolhas de Paulo Barros, docente de História.




Uma música

Escolho a música O corpo é que paga, do António Variações, pois considero que reflete bem a sociedade e aquilo que são os resultados das nossas ações que, por vezes, são imponderadas. O Variações foi um indivíduo que, na época contemporânea, marcou bem a diferença social, através da forma como encarava a sociedade e da maneira como esta o via. Também foi um dos primeiros casos públicos de pessoas que morreram vítimas de doenças pouco conhecidas até então, o que obrigou a uma consciencialização do problema. Era um indivíduo muito à frente do seu tempo. Algumas das letras das suas músicas são muito incisivas, têm grandes ensinamentos e mostram bem o que é a sociedade. Eu gosto de música portuguesa e de tentar valorizá-la. Visto isto, destaco o António Variações porque marcou uma geração.

Uma personagem histórica

Sou defensor de uma monarquia parlamentar. Acho que a democracia e a organização de poder é fundamental, mas acho que, de alguma forma, uma democracia parlamentar é uma forma de governo credível. Há um rei que respeita o parlamento e, nesse âmbito, destaco o Rei D. Carlos.
Embora não tenha sido propriamente um grande monarca, foi um grande conhecedor e um grande impulsionador da necessidade do conhecimento. Foi um indivíduo que mostrou que um país não se resume à economia, à matemática ou a resultados líquidos, mas também engloba a arte, o conhecimento e a cultura. A questão de um rei o ser por herança familiar é complicada, mas ele acaba por ter a função de um presidente da República. Além de que um rei é uma pessoa preparada para o exercício do poder através da educação.


Razões para uma imagem formal
Considero que se um professor quer ter uma posição dignificada na sociedade, deve criar uma imagem mais formal e conservadora. E, como tal, deve traduzir de alguma forma o estatuto que ocupa. Eu acho que os professores até deviam usar uma bata.
Por outro lado, tenho a minha vertente monárquica que me leva a ser um bocadinho conservador. Apesar de atento a todas as mudanças, gosto desta imagem mais conservadora e deste rigor protocolar. Tenho sempre uma gravata no carro para aqueles dias em que não conto ir à escola e tenho de o fazer. Não entrar na escola de gravata e com roupa formal faz-me sentir nu, mas também gosto de usar calças de ganga. 


Ana Pinto e Rita Almeida

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