segunda-feira, 6 de outubro de 2014

como vai ser a escola daqui a cinco anos?

Integrar na formação dos professores a utilização das tecnologias da informação e da comunicação é um desafio considerado premente. Relatório da Comissão Europeia analisa impacto que evolução tecnológica terá no ensino nos próximos cinco anos.
Apesar de, na União Europeia, 63% das crianças de nove anos continuarem em escolas que não estão equipadas a nível digital, dentro de dois a três anos, a aprendizagem dos alunos, através de jogos de computador, deverá ser uma realidade em muitas escolas primárias e secundárias, prevê um conjunto de especialistas num relatório feito em co-autoria com a Comissão Europeia.
"É necessário tomar medidas urgentes para promover a inovação nas salas de aula”, recomendam no Horizon Report Europe, no qual um conjunto de 53 especialistas analisou as tendências previstas para os próximos cinco anos nas escolas primárias e secundárias dos 28 países da União Europeia.
De acordo com informação divulgada pela representação da Comissão Europeia em Portugal, as “baixas aptidões e competências digitais dos alunos” e a “necessidade de integrar na formação dos professores a utilização eficaz das tecnologias da informação e da comunicação” são alguns dos desafios identificados como mais “prementes”, embora “solucionáveis”.
O painel de especialistas prevê que, dentro de um ano ou menos, a utilização de tablets e de serviços online venha a ser comum em muitas escolas europeias, de forma usar aplicações do Google, o Skype e o Dropbox. Além disso, a aprendizagem através de jogos de computador e a combinação de métodos de ensino tradicional e virtual deverão passar a fazer parte do ensino nos próximos dois a três anos. Os especialistas estimam ainda que, dentro de quatro a cinco anos, haverá “laboratórios virtuais e remotos” nas escolas.
Estas são apenas algumas das tendências identificadas neste primeiro Horizon Report Europe: 2014 Schools edition, da Comissão Europeia e do New Media Consortium, que insta as escolas a darem resposta ao “complexo” desafio das competências digitais. E que conclui que “é necessário tomar medidas urgentes para promover a inovação nas salas de aula, com o objectivo de tirar partido de uma maior utilização das redes sociais e dos recursos educativos abertos”.
A comissária europeia responsável pela Educação, Cultura, Multilinguismo e Juventude, Androulla Vassiliou, considera que “este relatório fornece informações valiosas e orientação para os responsáveis políticos e dirigentes escolares sobre a necessidade de recorrer a recursos digitais e abertos”. E acrescenta: “É fundamental trabalharmos para melhorar as competências digitais e o acesso aos recursos digitais e abertos, não só para reforçar a qualidade do ensino, mas também para criar modelos flexíveis em matéria de educação, tornando assim mais fácil a aprendizagem ao longo da vida.”
Facebook
Os especialistas concordaram que há duas grandes tendências iminentes: a mudança do papel dos professores, como resultado da influência das tecnologias da informação e comunicação, e o impacto das redes sociais, como o Facebook ou o Twitter, que já estão a encontrar o seu caminho para entrar nas salas de aula. Aliás, no relatório chama-se a atenção para o facto de as redes sociais proporcionarem, nas escolas, feedback e sugestões, permitindo o diálogo entre estudantes, pais, professores e instituição, de uma maneira menos formal.
Todas estas questões serão discutidas com mais profundidade em Dezembro, no âmbito da conferência europeia Educação na era digital, organizada pela Comissão Europeia e pela presidência italiana da União Europeia. @ PÚBLICO

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