domingo, 15 de julho de 2012

escolas públicas preocupadas com próximo ano letivo

Os diretores das escolas públicas insistem em ser recebidos pelo ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, pois estão preocupados com o corte nos recursos para o próximo ano letivo, a começar pela redução do número de professores.

“A todos sobrou a mesma preocupação: muitos professores dos quadros para os quais não vamos ter lugar no próximo ano letivo e muitos recursos que provavelmente no próximo ano letivo as escolas deixarão de ter. Isto, além das questões relacionadas ainda com os processos de agregação de escolas”, refere Manuel Pereira à Renascença.

Com os cortes previstos, o dirigente associativo diz não ser possível manter a qualidade das escolas públicas.

“Não é possível pedirem às escolas que sejam a resposta para os problemas das crianças com muito menos recursos e muito menos professores”, sustenta.

Os dirigentes escolares estão este domingo reunidos no Porto e insistem em ser recebidos pelo ministro Nuno Crato, numa audiência conjunta com pais e sindicatos. Aguardam uma resposta até sexta-feira, dia 20.
 
A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) considerou hoje que "a situação nas escolas é gravíssima e muito preocupante" devido à eliminação de horários, que vai deixar milhares de professores, contratados e efetivos, sem colocação.
Milhares de professores vão ficar sem colocação
De acordo com um comunicado da FENPROF, a eliminação de horários está a deixar milhares de professores sem componente letiva atribuída.

Os professores efetivos que ficam sem horário atribuído vão ter de concorrer a outras escolas ao abrigo do 'Destacamento por Ausência de Componente Letiva' (DACL). Os contratados também têm de concorrer, mas, segundo a FENPROF, correm o risco de ficar desempregados.
A federação sindical está a fazer um levantamento da situação dos professores decorrente da eliminação de horários e, tendo em conta os primeiros dados, referiu o exemplo do agrupamento de escolas de Viseu Sul, onde foram eliminados 88 (34,4%) dos atuais 257 horários.
Segundo a FENPROF, neste agrupamento de Viseu vão ficar desempregados 19 professores contratados e outros 69 professores do quadro vão ter de concorrer a outras escolas.
A estrutura sindical da CGTP considera que "a confirmação deste problema" reforça as razões que a levaram a decidir várias ações que tem em curso.
A FENPROF aprovou na manifestação de dia 12 um conjunto de ações e reivindicações, nomeadamente a atribuição de serviço letivo a todos os professores dos quadros e a redução do número de alunos por turma.  

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