"No que diz respeito à proposta de revisão curricular do ensino profissional é perfeitamente legítimo o enquadramento estratégico apontado para a necessidade de dotar os jovens de um conjunto de saberes humanísticos, científicos e técnicos que lhes permitam exercer de forma activa o seu papel de cidadãos e lhes possibilitem uma efectiva inserção no mercado de trabalho.
(...)
No entanto, é com perplexidade que se extrai do documento a definição de uma matriz curricular que a aproxima das matrizes curriculares das outras modalidades do ensino secundário. Com esta medida perde-se, completamente, a especificidade do ensino profissional que tem sido tão sublinhado por todos os governos e pelos agentes sócio-económicos.
(...)
É, pois, com grande expectativa e confiança que se espera que o ensino profissional seja melhorado e que se permita às escolas continuarem a percorrer o caminho que desbravaram, senão perdem todos, os alunos, as instituições, as empresas , as comunidades... o país.
Amadeu Dinis, A Página, 2003
Nota: os destaques são da nossa responsabilidade.
Eu também não dei pela diferença. E sei bem que a cultura não ocupa lugar, mas fazer com que meninos dos Profissionais leiam "Frei Luís de Sousa", "Os Maias", "Felizmente há Luar" e "Memorial do Convento" é de quem nunca trabalhou numa escola e não conhece a realidade deste país.
ResponderEliminarNão lembra ao diabo cursos direccionados para a vida activa com curricula quase iguais aos dos outros cursos.
ResponderEliminarTambém eu tenho essa experiência! Frustração para mim e para eles.