sexta-feira, 30 de abril de 2021

lembrar o dia da Mãe

É no domingo que se comemora. E os alunos EMRC estão a preparar-se para ele. Podemos ver o que fazem no vídeo enviado pelos docentes da disciplina.

Feliz dia para TODAS as MÃES!

Oficina de Poesia: 12º A e 12º G *

A poesia contemporânea infiltrou-se, sem qualquer amarra ou contenção, nas  aulas de Português do 12º Ano. Durante alguns dias, lemos poesia, ouvimos poesia, saboreamos poesia e… escrevemos poesia.

Eis alguns dos textos escritos na Oficina de Poesia 2020/2021 das turmas do 12º A e 12º G.

Quem é Rodrigo Sá Pinheiro?
Para o frio, é o calor
Para o ódio, é o amor
Para o silêncio, é o barulho
Para o nadador, é o mergulho
 
Se o mundo fosse como o Rodrigo
Havia menos pessoas a olhar para o seu umbigo
Porque, melhor que o Sá Pinheiro
É impossível, ele é o nosso dinheiro.
                                                                                       Padeira de Aljubarrota

O teu adeus deixou em mim um misto de emoções
Na barriga senti um frio
E o coração a perfurar os pulmões.
 
Mas aprendi que é assim o teu amor.
Dias cinzentos
E outros sem cor.
                                        Margarida Carvalho
 
A noite é como um paraíso. Tudo sossegado e calado, onde o único som que se ouve é o silêncio. A luz que a lua irradia espeta a terra como um punhal, destruindo todas as sombras cruéis e almas inseguras que ainda não estão a dormir.
                                                                         Inês Mendes      

Poema da sala:
No aquário encontra-se o silêncio do adeus.

                                                                                                          Anónima do séc XXI

No frio da noite, ela sentia o amor a escapar-lhe pelas mãos. Ouvia os seus discursos e acreditava, ou fingia que acreditava. 
                                                       Clara Costa
 
Acreditava que o amor era um sentimento de não querer largar, não deixar fugir e sempre proteger. Mas tudo se resume no adeus entre duas almas que se tocaram em tempos e se separam por um amor inexistente.
                           D. Sebastião do séc. XXI

Branca de Neve
As lágrimas escorrem-lhe a cara como o orvalho da manhã.
Gostava que o meu amor lhe curasse a tristeza e a acordasse do sono da maçã.
Ainda bem que o caçador ficou sem força e mesmo que agora esteja morta, pelo menos parece sã.

                                                                                                                                                                                                                                       Príncipe Encantado

Água que me envolves,
Não me lembrei que era inútil
Para que tu me deixasses
No desperto quente onde a sede
É o teu sinal de adeus.
                                                     Celina
 
Quando o silêncio depois das lágrimas te atacar, quero ser eu a dar-te tudo o que precisas para te ajudar a levantar. 
Quero dar-te o tratamento do silêncio, até lágrimas caírem dos teus olhos.
  
                                                                                                                                                                    Napoleão Bonaparte

A guerra é como um incêndio
Um conflito cheio de dor
É criado com base na raiva
Causando bastante ardor
 
Separa indivíduos como um punhal
Deixando as pessoas desamparadas
As mesmas acabam sem aqueles que amam
Deixando de se sentir amadas
 
Em manhãs de orvalho, as pessoas ainda recordam
Da falta que sentem daqueles que partiram
Mas eles já não estão presentes
Nem o sentimento que no passado sentiram
 
Então eu pergunto:
Valerão as guerras a pena?
Visto que provêm de um lugar cruel e severo
Ou serão apenas as marcas de um regime austero?

                                                                                                                              Henrique Madureira

 
A noite é uma imensa escuridão.
É uma realidade misteriosa,
Repleta de sombras e segredos.
É uma aguarela de cores frias
A noite oculta quem nela se aventura
É um vazio, cheio de vida.
 
                                          Duarte Mendonça   
 
Iniciei a minha jornada através da minha memória
Como se de um paraíso se tratasse
Enquanto sentia o caminho de orvalho,
Leve e tranquilo.
Mas o paraíso desapareceu
E a luz que me guiava se perdeu.
Foi como um punhal no coração
Em que a noite me deu a desilusão.
                                                       Ruben Fonseca     
 
As flores avivam-me a memória
De momentos passados
Aqueles cheiros e cores
Que movimentam os amados
 
São ternuras, mas são desculpas
São alegria, mas são arrependimentos
Flores sem sentimentos
Que sempre trazem um sentimento
 
São amores e tragédias
Em pétalas de ressentimento
Mas são estações do ano
Sem medo de ressentimento 
                                            Raquel Teixeira    

Das antigas memórias
Tiremos as doces lembranças
Os beijos apaixonados
As noites festejadas
E relembremos!
O quão felizes já fomos!

                                       Tomás

 
(In)certeza
 A noite é escura e confusa,
o dia é sóbrio e claro.
Mas a clareza é difusa
e a escuridão traz amparo.
 
Porque o claro é opaco,
e o escuro é translúcido.
E o conhecimento é fraco
quando não é esclarecido.
 
Porque a incerteza é a busca pela certeza,
e o saber é tomar como  garantido.
Então, mais vale afirmar-se ignorante com firmeza,

Do que dar-se por sabido e acabar perdido.
                                                                                                     Ana Silva
 
Já eu vi aquela paisagem,
Onde no orvalho, o sol brilhava,
e era nostálgica a aragem,
que lá passava.
Todos os dias lá ficava,
Refletindo até o sol cair.
Era aquilo que eu mais amava,
Aquilo que me fazia existir.
Mas agora não passa de lembranças,
Já não tenho razão para cá ficar,
Pois aquela aragem não passa de esperanças
Que eu tenho de a voltar a encontrar.
                                                          Miguel Cunha
 
Um sereno dia de primavera
Dono da sua complexidade
Com um calor que espalha saudade
Daquilo que o verão pode transmitir
 
No meu passeio intermitente
Se há algo que gosto de ouvir
É o belo sabor da vida
Misturado com o que faz rir
 
Se me julgam por quem pareço
Não importa se me vão ouvir
Só me importa aquilo que sinto
Que me prova que não estou a dormir.
                                                                       Rodrigo Capelas
 
Cadavre exquis 1
Não tenho nenhuma ideia
Levaste com um pau??!!
Alguns selvagens são mais racionais que certos humanos
E assim é a sociedade do nosso mundo!

Cadavre exquis 2
O pirata da perna de pau disse: au au
Uma cena random
Tenho saudades do bigode do Duarte
E hoje a cantar aquela canção, daquele lugar, do meu coração
Criança que fui e homem que sou, e nada mudou.

Cadavre exquis 3
Viver é colecionar memórias.
Não sei o que a Raquel vai escrever mas não vai ter nada a ver com a minha frase.
Repara bem no que eu não digo
Sentado de pernas para o teto
Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
#vski foi tudo com que eu sonhei hashtag vski 

                                                                   texto coletivo

cortesia de Amélia lopes, docente de Português

*post atualizado à data de 03.05.2021

saúde mental e prevenção da violência como prioridades até 2030

Jovens apontam saúde mental e prevenção da violência (incluindo bullying e cyberbullying) como prioridades até 2030.

Centenas de crianças e jovens indicaram junto do Conselho Nacional de Saúde (CNS) a promoção da saúde mental e a prevenção da violência como prioridades para a sua saúde na próxima década.

A iniciativa do CNS, num trabalho conjunto com a Federação Nacional das Associações Juvenis (FNAJ) e a Direcção-Geral da Educação (DGE), resultou já na Agenda da Juventude para a Saúde 2020-2030, que vai ser apresentada ao Governo e ao parlamento e servir como contributo para o Plano Nacional de Saúde 2021-2030.

O documento, que está em discussão pública até 14 de Maio, traça entre os aspectos mais relevantes para os jovens «a promoção do bem-estar físico e psicológico, a educação para a sexualidade, a prevenção do tabagismo e do consumo de álcool, a promoção da alimentação saudável e da actividade física, e a prevenção da violência (incluindo bullying e cyberbullying)».

Citada num comunicado do CNS, a vice-presidente do CNS, Isabel Loureiro, refere que «importa conhecer as necessidades de saúde nestes grupos e importa, com eles, definir estratégias adequadas para as mitigar». A dirigente salientou o impacto causado pela pandemia COVID-19 neste grupo etário.

«Interrupções do ensino presencial e confinamentos prolongados têm vindo a limitar o seu desenvolvimento intelectual, mental, físico e social. A pandemia e as medidas implementadas para a sua contenção têm vindo a afetar todos, mas ainda mais as crianças e jovens que vivem em situações mais vulneráveis, como em casas sobrelotadas, com más condições estruturais, de aquecimento ou ventilação, sem acesso a meios digitais ou a alimentação em quantidade e qualidade adequada, ou expostas a violência doméstica», frisou.

Isabel Loureiro observou também as preocupações manifestadas pelas crianças e jovens em relação à escola, que, apesar de a verem de «uma forma muito positiva», defenderam a importância de serem feitas alterações no modelo e na mentalidade excessivamente focada nas notas.

«Acham que existe uma carga letiva excessiva e uma cultura muito centrada nos resultados e no perfil do bom aluno. Por isso, pedem um maior equilíbrio e incentivo para o convívio, partilha de experiências e projectos que estimulem o associativismo, e a presença de mais técnicos de saúde na escola, como psicólogos. Também identificam a necessidade de se fiscalizar melhor o cumprimento da legislação em vigor para protecção dos comportamentos de risco», explicou.

Por conseguinte, os jovens transmitiram também a necessidade de aumentar a capacidade de acesso em diversos domínios: o acesso a informação e formação em saúde promotora de comportamentos saudáveis, o acesso a cuidados de saúde de qualidade, o acesso a ambientes saudáveis e acesso à participação na definição, concepção, execução e avaliação das políticas públicas para este sector. @ Sapo 

vacinação de adolescentes com Pfizer/BioNTech pode ser autorizada em junho

BioNTech prepara-se para enviar um pedido de autorização para a vacina da Pfizer na próxima semana. Processo demora quatro a seis semanas. Ensaios clínicos avançam em bebés e crianças.

daqui

“Se tudo correr bem, assim que tivermos os dados avaliadas, vamos ser capazes de submeter um pedido de aprovação da vacina para todas as crianças na respetiva faixa etária em vários países”, incluindo na União Europeia, acrescentou ele. Recorde-se que a vacina da Pfizer/BioNTech, a primeira a ser aprovada pela Agência Europeia do Medicamento, já está autorizada a pessoas com 16 anos ou mais.

A farmacêutica, que se uniu à norte-americana Pfizer para conceber uma vacina contra a Covid-19, já avançou para os ensaios clínicos em faixas etárias ainda mais novas e espera ter os resultados referentes aos bebés com menos de cinco anos até setembro. Mas em julho, a BioNTech já espera ter na mão os dados sobre a eficácia da vacina na faixa etária dos cinco aos 12 anos.

Nos ensaios clínicos em jovens com 12 a 15 anos, a vacina da Pfizer/BioNTech demonstrou ser 100% eficaz e capaz de induzir respostas imunitárias robustas. A experiência — um ensaio de fase 3 — testou a vacina em 2.260 adolescentes desta faixa etária. Albert Bourla, diretor-geral da Pfizer, já tinha afirmado que, pelo menos nos Estados Unidos, havia condições para começar a vacinar crianças antes do novo ano letivo. (daqui)

oito concelhos não avançam para nova fase de desconfinamento e 27 entram na lista de risco


A nova fase de desconfinamento, que arranca já este sábado, 1 de maio, abrange 270 dos 278 concelhos de Portugal continental. As avaliações à situação dos municípios passará a ser semanal em vez de quinzenal.

Concelhos que não avançam:

 Odemira (freguesias de São Teotónio e Longueira/Almograve)
- Aljezur
- Resende
- Carregal do Sal
- Portimão
- Paredes
- Miranda do Douro
- Valongo

Regras para Paredes, Miranda do Douro e Valongo

- Permite-se a abertura de:
  • Todas as lojas e centros comerciais;
  • Restaurantes, cafés e pastelarias (com o máximo 4 pessoas por mesa no interior ou 6 por mesa em esplanadas), até às 22h30 nos dias de semana ou 13h nos fins-de-semana e feriados;
  • Cinemas, teatros, auditórios, salas de espetáculos;
  • Lojas de cidadão com atendimento presencial por marcação.

- Autoriza-se a prática de:
  • Modalidades desportivas de médio risco;
  • Atividade física ao ar livre até 6 pessoas;
  • Realização de eventos exteriores com diminuição de lotação (5 pessoas por 100 m ²);
  • Casamentos e batizados com 25% de lotação.


O primeiro-ministro alertou para a situação em 27 concelhos, que subiram acima do patamar de 120 casos por 100 mil habitantes em 14 dias, o limiar de risco definido pelo Governo. Estes municípios devem estar em alerta e correm o risco de retroceder ou não avançar mais no desconfinamento caso dentro de uma semana se mantenham nestes níveis.


Concelhos em situação de alerta (acima de 120 casos por 100 mil habitantes em 14 dias)

Estes concelhos avançam para a quarta fase, mas arriscam regredir ou não avançar com novos alívios nas restrições caso se mantenham em situação de risco:

Alijó

Alpiarça
Arganil
Batalha
Beja 
Boticas
Cabeceiras de Basto
Castelo de Paiva
Celorico de Basto
Cinfães
Coruche
Fafe
Figueiró dos Vinhos
Lagos
Lamego
Melgaço
Oliveira do Hospital
Paços de Ferreira
Penafiel
Peniche
Peso da Régua
Ponte da Barca
Póvoa de Lanhoso
Tábua
Tabuaço
Vidigueira
Vila Real de Santo António

quinta-feira, 29 de abril de 2021

maior ponte pedonal suspensa do mundo abre quinta-feira em Arouca

Ponte 516 Arouca abre quinta-feira a moradores de Arouca e segunda ao público em geral.

foto LUSA

Ligando a margem de Canelas à de Alvarenga através de 516 metros de vão, o novo equipamento turístico do distrito de Aveiro tem ligação aos Passadiços do Paiva e situa-se 175 metros acima do rio, proporcionando vistas desimpedidas em todas as direções da paisagem através do gradil metálico que compõe o piso da ponte e as suas guardas laterais.
Os visitantes com comprovativo de morada em Arouca podem usufruir da experiência a título gratuito, se já tiverem o cartão-residente que por 5 euros lhes garante livre-trânsito durante três anos na ponte e nos Passadiços do Paiva, mas utilizadores oriundos de outros territórios terão que pagar 10 a 12 euros pelo bilhete de acesso, consoante a sua idade.
Nessa escala etária, e atendendo a que o acesso à ponte está interdito a menores de seis anos, crianças e jovens até aos 17 anos pagam 10 euros, assim como maiores de 65 anos, enquanto o bilhete para a restante população custa 12.
Independentemente da data de nascimento, estudantes com o devido comprovativo pagarão apenas 10 euros por uma entrada.
O tarifário da Ponte 516 Arouca inclui ainda três modalidades de pack familiar, ao preço de 30 euros para grupos com dois adultos e uma criança ou jovem, 40 para dois adultos e dois menores, e 45 para casais com três descendentes – sendo que, pelo quarto filho e seguintes, acrescerá 5 euros por cada um.
Qualquer que seja o formato selecionado, todos os ingressos incluem o direito de acesso aos Passadiços do Paiva, num percurso de mais de oito quilómetros ao longo do rio, entre a praia fluvial do Areínho e a ponte de Espiunca.
A presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, disse à Lusa que todo esse tarifário foi definido não para garantir um rápido retorno financeiro do investimento de 2,3 milhões de euros na construção da estrutura, mas sim para fazer jus à “experiência exclusiva proporcionada pela ponte, implantada num território natural valioso e protegido”.
Sempre em consonância com os horários dos passadiços, em abril a nova Ponte 516 Arouca poderá ser visitada entre as 09:00 e as 19:00. Depois, de maio a setembro estará aberta das 08:00 às 20:00, em outubro funcionará novamente das 09:00 às 19:00 e de novembro a março estará disponível só entre as 09:00 e as 17:00.
Reservas e pagamento de bilhetes devem fazer-se online através do site www.516arouca.pt, onde está compilada informação geral sobre a estrutura. @ Visão

chorar é para fracos? as razões que provam que até é bom para a saúde

Nilserk Vasquez / EyeEm/ Getty Images
Vários são os estudos que mostram os benefícios de chorar, podendo até ajudar a lidar com a pandemia de Covid-19. É importante desmistificar o estigma social à volta do choro, incluído a que diz que os homens não o fazem.
Da tristeza ao luto até à felicidade, chorar é a resposta natural do corpo humano a um grande leque de emoções e segundo um artigo da Universidade de Harvard, um estudo, realizado nos Estados Unidos, mostrou que as mulheres americanas estão a fazê-lo em média quase quatro vezes por mês, enquanto os homens chegam quase às duas vezes por mês.
Várias são as provas de que chorar é benéfico e vêm desde os tempos Clássicos, até aos mais recentes estudos. Na Grécia e na Roma Antiga acreditava-se que chorar era purgativo, que tinha o poder de purificar. Estudos recentes mostram que os Clássicos tinham razão de uma certa forma, já que chorar vez permite-nos libertar o stress e a dor emocional. Para além disso, o choro também nos torna “humanos”, permitindo-nos sentir empatia e estabelecer ligação com família e amigos.
Também a psicologia nos dá mais razão para acreditar no bem que pode vir de umas lágrimas. Reprimir as emoções pode ser um mecanismo de defesa para não lidar com elas, mas é prejudicial à saúde, com vários estudos o ligá-lo a uma menor resistência do sistema imunitário, doenças cardiovasculares, hipertensão e doenças relacionadas com a saúde mental, como stress, ansiedade e depressão.
No entanto, tal como não expressar as emoções pode levar a problemas de saúde mental, também o choro a mais pode ser indicativo destes. O choro torna-se problemático quando ocorre com demasiada frequência e/ou sem razão aparente, chegando a perturbar a rotina ou quando se torna incontrolável.
Os cientistas conseguem ainda dividir as lágrimas em três tipos: reflexivas, basal e emocionais. As duas primeiras são estímulos automáticos, que servem para remover sujidade, fumo ou poeira dos olhos, e têm como função lubrificá-los para protegê-los de possíveis infeções, sendo constituídas por 98% de água. Já as últimas, são o que reconhecemos como choro e são as que mais benefícios para a saúde aportam, permitindo libertar as hormonas do stress e outras toxinas do nosso sistema. Também libertam endorfinas, bastante conhecidas pelo sentimento de bem-estar e normalmente associadas ao exercício e à prática sexual e por isso o próprio senso comum reconhece que chorar ajuda a aliviar a dor, tanto física como emocional. Esta é, também, a razão pela qual nos sabe bem chorar num filme por exemplo, ou quando a nossa equipa preferida vence.  
Um estudo de 2011, que viu as diferenças de género na cultura do choro em 37 países, nos quais se inseriu Portugal, mostrou que os homens choram menos que as mulheres, numa frequência alarmante: enquanto as mulheres choravam numa média de 30 a 64 vezes por ano, os homens apenas o faziam 17 vezes. Estes dados mostram como é necessária uma maior educação no assunto, tanto em casa como na escola, tornando possível aos rapazes desde novos expressarem as suas emoções sem serem censurados. @ Sapo 


Covid-19: quem tem menos de 20 anos é tão suscetível à infeção como os grupos seguintes


A investigadora e coordenadora do inquérito serológico do Instituto Ricardo Jorge (INSA), Ana Paula Rodrigues, refere que os grupos etários mais jovens “são tão suscetíveis” a contrair Covid-19 como os restantes, de idade mais avançada.
Em entrevista ao ‘Diário de Notícias’ a responsável falou sobre o inquérito desenvolvido pelo organismo português e explicou que esta “é uma das principais conclusões do estudo”. “Estudámos dois grupos: as crianças até aos 9 anos e depois os adolescentes e jovens até aos 19”, começou por referir.
A proporção dos que têm anticorpos contra o coronavírus não é diferente dos grupos etários seguintes, dos 30 aos 39 anos. A nossa hipótese é que as pessoas mais novas têm uma assintomatologia mais ligeira e não são tão captáveis no sistema de vigilância”, adianta.
Questionada sobre se este facto poderá estar relacionado com a variante britânica, que inicialmente se dizia ter um maior impacto nos mais novos, Ana Paula Rodrigues diz que ainda “não é possível diferenciar pelos testes serológicos com que variante do vírus a pessoa contactou”.
Contudo ressalva que “já no primeiro inquérito as estimativas que obtivemos para os abaixo dos 20 anos mostravam que não havia diferença em relação aos grupos seguintes. Na altura, tínhamos uma amostra de 2300 pessoas, não era suficiente para dizermos que as diferenças tinham significado estatístico. Foi uma das razões que nos levou a aumentar a amostra, para conseguirmos confirmar, ou não, se essa diferença existia. Com esta amostra de 8463 pessoas não encontramos diferenças”, afirmou, citada pelo jornal.
O estudo que desenvolveram previu uma percentagem de anticorpos de 13,5% por infeção, um valor que “não surpreende”, segundo a investigadora. “No primeiro inquérito, entre maio e julho de 2020, obtivemos uma seroprevalência de 2,9 %. A partir de outubro, e com maior incidência em janeiro e fevereiro deste ano, há uma intensidade muito elevada da epidemia da covid, e portanto era expectável que tivéssemos mais pessoas com anticorpos”, adianta.
Com isto significa que há mais casos de infeção do que os registados, o que também “é natural e esperado”. “No primeiro inquérito tínhamos uma seroprevalência cerca de cinco vezes mais elevada. Agora, não chega ao dobro o número de pessoas que tiveram um contacto com o vírus comparativamente aos casos conhecidos a partir do sistema nacional de vigilância epidemiológica. É esperado tendo em conta vários fatores, e um deles é haver pessoas com a infeção assintomáticas”, explica Ana Paula Rodrigues.
Questionada sobre quando deverá ser alcançada a imunidade de grupo, a especialista esclarece que para isso acontecer “a população tem de ter um nível de imunidade suficiente para impedir a circulação de um agente infecioso, mesmo nas pessoas que não estão imunizadas”. Contudo alerta que “na infeção por coronavírus não é exatamente assim”.
“As vacinas têm uma eficácia muito elevada, protegem a pessoa de ter uma infeção grave, mas não está afastada a hipótese de a pessoa ser infetada e até transmitir o vírus. O importante é alcançar as metas de 60% a 70% da população vacinada para proteger os mais vulneráveis e limitar a circulação do vírus, tudo complementado com medidas preventivas”, conclui. @ Sapo

o que muda a partir de dia 3 de maio


Apesar de Portugal sair do estado de emergência no final desta sexta-feira, as grandes mudanças acontecem a partir de segunda-feira, 3 de maio. Saiba o que muda na nova fase de desconfinamento.

  • Restaurantes, cafés e pastelarias voltam a funcionar sem limite de horários, com as limitações de seis pessoas por mesa no interior e dez em esplanadas.
  • Retoma de todas as modalidades desportivas
  • Retoma atividade física ao ar livre e ginásios
  • Grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação podem realizar-se
  • Casamentos e batizados podem acontecer com 50% da lotação

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Projeto de Cidadania das turmas C, D e E do 10º ano

 

"No âmbito do Projeto de Cidadania das turmas C, D e E, do 10.º ano, vai-se proceder a uma recolha de bens alimentares, durante o mês de maio, para ajudar a Paróquia do Corim no seu apoio às famílias mais carenciadas.

Traz pelo menos um bem alimentar não perecível e entrega-o a um funcionário e/ou professor/a, junto à sala de trabalho dos professores, no pavilhão A5. Trata-se de uma campanha aberta a todos os membros da Comunidade Educativa.

Junta-te a nós e participa!"

cortesia de Joana Almeida, docente de Matemática

quando vai ser vacinado? conheça a previsão em função da idade

Task force avançou com uma previsão sobre quando serão vacinadas as várias faixas etárias. Quem tem 30 anos ou mais deve estar vacinado até setembro e atinge-se a imunidade de grupo.

Portugal em linha para continuar o desconfinamento


O Presidente da República, o presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro e representantes dos partidos estiveram reunidos com peritos de saúde pública de várias instituições para uma análise da evolução da pandemia da covid-19 no país.

"Estamos a progredir fortemente na faixa etária dos 70 aos 79 anos, a faixa etária dos mais de 80 anos já está totalmente vacinada, com algumas exceções. Estamos a progredir fortemente e, em princípio, no fim desta semana teremos atingido também quase os 100% desta faixa etária. Nunca atingimos os 100% porque há sempre gente que não vai ser vacinada porque esteve infetada ou em recuperação", explicou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, coordenador da 'task force'.

A 23 de maio, "é expectável termos todo o grupo dos 60 anos para cima coberto, o que significa que em termos estatísticos estamos a cobrir uma faixa etária da população que contribuiu com 96,04% dos óbitos por covid-19", bem como da faixa etária anterior, disse.

Espera-se, assim, que entre agosto e setembro 70% da população esteja vacinada, o que equivale a ter o grupo a partir dos 30 anos totalmente vacinado.

À saída da reunião, a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que "o país está a controlar a pandemia", mas lembrou que importa manter três vetores: os cuidados individuais, a testagem e a vacinação. "A questão essencial neste momento é continuar em frente, continuar a trabalhar", disse. (leia tudo aqui

termina o estado de emergência

O presidente Marcelo Rebelo de Sousa, depois de ouvir os especialistas do Infarmed e os partidos políticos, decidiu pôr fim ao estado de emergência. 


"Ouvidos hoje os especialistas, à tarde os partidos com assento na Assembleia da República e, naturalmente, o Governo, tudo visto e ponderado, decidi não renovar o estado de emergência", afirmou o Presidente da República.

“Nesta decisão pesou a estabilização e até a descida do número médio de mortos, de internados em enfermaria e cuidados intensivos, assim como a redução do R e a estabilização do número de infetados, ou seja, a incidência da pandemia. Pesou também o avanço em testes e a vacinação que saúdo e incentivo. Pesou o já terem decorrido mais de um mês sobre a Páscoa e a abertura das escolas e mais de três semanas sobre a segunda abertura das escolas”, justificou.

Pesou ainda, assegurou, “o que significaria como reconhecimento do consistente e disciplinado sacrifício de milhões de portugueses desde novembro e mais intensamente desde janeiro e também como sinal de esperança mobilizadora para o muito que nos espera a todos, na vida e na saúde, na economia e na sociedade”.

O Presidente da República salientou ainda termos passado de uma fase de "ver ao fundo do túnel" para uma "fase de luminosidade crescente no dia a dia", mas alertou para o facto de não estarmos "numa época livre de covid, livre de vírus" e que "podemos infetar os nossos contactos e permitir que a doença continue a transmitir-se. Enfrentamos, ademais, o risco de novas variantes menos controláveis pela vacina à medida que se multiplicam os contactos e infeções", o que considera que justifica "uma preocupação preventiva de todos nós".

Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda que "cada passo é um passo baseado na confiança coletiva" e assumiu que "o passo hoje dado é baseado na confiança, numa confiança que tem de ser observada por cada um de nós” e ainda que “por isso, sem estado de emergência, como tem feito e bem o Governo, e o primeiro-ministro tornado claro nas suas intervenções, há que manter ou adotar todas as medidas consideradas indispensáveis para impedir recuos, retrocessos, regressos a um passado que não desejamos”.

“E eu acrescento que, se necessário for, não hesitarei em avançar com novo estado de emergência se o presente passo não deparar, ou não puder deparar, com a resposta baseada na confiança essencial para todos nós”, salvaguardou.

Marcelo agradeceu ainda aos portugueses a "disciplinada resistência" demonstrada durante o último ano e dois meses, relembrando que “cada abertura implica mais responsabilidade” e que "os tempos próximos serão ainda muito exigentes”, mas reiterando a crença na "sensatez e solidariedade" dos portugueses, numa luta que é “uma luta de todos” e que “temos de poder contar com cada um de nós”.

"Cada português conta e vai contar, porque cada português sabe que é Portugal", concluiu.

Assim, o atual período de estado de emergência - o 15.º decretado pelo Presidente da República no atual contexto de pandemia de covid-19 - termina às 23:59 de sexta-feira, 30 de abril. (daqui)

terça-feira, 27 de abril de 2021

COVID-19/PONTO DA SITUAÇÃO

                                   COVID-19/PONTO DA SITUAÇÃO

Desde o regresso às aulas presenciais e depois das testagens levadas a cabo a docentes, não docentes e alunos, registaram-se neste agrupamento de escolas os seguintes  casos confirmados:


- 1 na EB1 de Moutidos, 1 na EB1 da Gandra,1 na Escola EB1 da Pícua,  o que implicou o isolamento das turmas e dos respetivos professores.

No 1º ciclo, registaram-se, ainda , 10 casos de alunos em isolamento profilático, devido a um surto num ATL.

 

- 1 na Escola Básica e Secundária de Águas Santas, com o consequente isolamento profilático de toda a turma e respetivos docentes.


 Lembramos que a restante comunidade educativa deverá continuar vigilante e adotar comportamentos cautelosos e responsáveis:

  • Usar sempre máscara;
  • Manter distâncias sempre superiores a 2 metros;
  • Nas pausas para lanches e almoços devem manter uma distância superior a 2 metros;
  • Lavar/desinfetar frequentemente as mãos ao longo do dia;
  • Higienizar/desinfetar os espaços e equipamentos com periodicidade aumentada;
  • Restringir contactos sociais desnecessários/não essenciais fora da escola e no contexto familiar.  

Para mais informações podem aceder ao Microsite da Direção-Geral de Saúde: https://covid19.min-saude.pt/


Águas Santas, 27 de abril de 2021


O Diretor

o país: desconfinamento e vacinação

daqui
António Costa disse "ter esperança" que o país avance para a próxima (4ª e última) fase do desconfinamento. Mas o primeiro-ministro quer esperar pela reunião de amanhã no Infarmed. 

O trauma desse “terrível mês de janeiro”, as variantes que “dão a volta ao mundo”, a “luta contra o tempo”, a incerteza sobre o risco de transmissão de pessoas vacinadas, nunca saíram do discurso do primeiro-ministro, mesmo que esta segunda-feira tenha sido de zero mortes e que o secretário de Estado da Saúde tenha dito que a imunidade de grupo pode chegar mais no princípio do que no fim do verão. “Como diria a minha avó, temos de olhar para este vírus com muito respeitinho”, riu, mais uma vez, Costa.

O Governo calcula que Portugal tenha imunidade de grupo no início do Verão. Nessa altura, o país poderá ter 70% da população adulta vacinada.

mês de abril – comemoração da prevenção dos maus tratos às crianças

Uma amostragem do que se fez no Centro Escolar da Gandra

Os maus-tratos contra a criança e o adolescente têm sido reconhecidos como um fenómeno crescente no Mundo. A nossa grande preocupação prende-se com a extensão da violência contra crianças e adolescentes, que tem ocorrido em Portugal e no Mundo.

Reconhecemos a necessidade de apostar, cada vez mais, em ações preventivas junto das famílias, comunidade e sociedade em geral, no sentido de alertar para a importância da prevenção e deteção precoce, das crianças maltratadas, bem como na aplicação de medidas exemplares de punição de atos abusivos, contra crianças e jovens.

Continuamos a lamentar as agressões físicas, os abusos sexuais e a negligência, manifestadas das mais diversas formas, incluindo o trabalho infantil, as crianças que são obrigadas pelos adultos a mendigar, entre tantas outras situações, que poderíamos elencar de desrespeito sobre os Direitos da Criança contemplados na Convenção da ONU.                      


cortesia (texto e imagens) de Ana Rodrigues, coordenadora do CEG

os Óscares numa cerimónia que arriscou e teve um final inesperado

Óscares decorreram numa estação ferroviária gigantesca, mas em cenário intimista, e fizeram várias alterações ao formato habitual da cerimónia. "Nomadland" foi o grande vencedor da noite.


"Nomadland - Sobreviver na América" foi o vencedor do Óscar de Melhor Filme e de mais duas estatuetas (Melhor Realização e Melhor Atriz) naquela que foi porventura a cerimónia dos Óscares mais estranha em 93 anos de prémios, não só a fazer jus às circunstâncias da pandemia mas também pelo desfecho da noite.

O filme conta a história de uma mulher que viaja pela América como nómada, vivendo numa caravana, trabalhando em empregos temporários e sobrevivendo na estrada, na sequência de uma crise económica. Embora seja uma ficção, assenta em testemunhos reais de norte-americanos que vivem na estrada, sempre em trânsito, numa comunidade nómada mais envelhecida e nas margens da sociedade.

Numa cerimónia elegante e intimista, apesar de marcada pelo distanciamento social na Union Station de Los Angeles (convincentemente transformada em "casa" dos Óscares), a abertura foi como um filme, baralhou-se a ordem mais ou menos tradicional dos prémios, os apresentadores estavam no meio do público e os tradicionais excertos dos filmes foram substituídos por apresentações mais longas sobre as origens e inspirações dos nomeados. Se a escolha destacou os artistas e a sua diversidade, acabaram por faltar os aplausos aos seus nomes e o consequente "calor humano" na sala envolvente da Union Station. 

O final acabou por ser anticlimático e pouco "cinematográfico": exatamente três décadas após a vitória por "O Silêncio dos Inocentes", o ator de 83 anos tornou-se o maior veterano a ganhar na categoria com "O Pai" (chega aos cinemas a 6 de maio), mas como não estava em Los Angeles nem na "hub" de Londres, mas em sua casa no País de Gales, não houve discurso de agradecimento e a cerimónia acabou a correr e sem o seu habitual ponto alto de entusiasmo. Talvez uma forma irónica de recordar mesmo ao cair do pano como tudo foi estranho no ano passado (e continua a ser) e se premiaram filmes que quase ninguém teve oportunidade de ver nos cinemas. (adaptado daqui)