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segunda-feira, 13 de março de 2017

de miúdos a graúdos

Liliana Ferreira
Atualmente, alguns dos alunos finalistas de 12º ano já começaram os seus estudos de 2º ciclo nesta escola. 

O CRESCER foi conhecer e entrevistar alguns deles e apreciar como passaram de "miúdos a graúdos".


Hoje, é a vez da Liliana Ferreira, aluna de 12º ano, do curso de Humanidades.

Ao longo destes anos, quais foram os acontecimentos que mais te marcaram na escola?
Os momentos que mais me marcaram aqui na escola decorreram nos meus últimos anos, nomeadamente no secundário, que foi o tempo onde tive mais liberdade de criar momentos marcantes.
Um dos acontecimentos que mais marcam o percurso de um aluno aqui na escola é o tempo da campanha das listas para a Associação de Estudantes. Tive, este ano, a oportunidade de fazer parte de uma das listas. Foi aí que me dei conta de que atrás de toda aquela animação, estava um grupo unido que trabalhou para que aqueles dois dias de campanha fossem dos melhores dias na vida de um estudante. 

Para além deste momento, outro foi o Sarau das Janeiras que nós, alunos do 12º ano de EMRC, organizámos. Curiosamente, foi a 1º vez que cantei para um público. Para mim, foi uma experiência muito gratificante. 
Recordo também com carinho a noite da Gala do Projeto + de 2016. Não só pelas atuações, como também pelas pessoas que me acompanharam nos projetos que realizei. Posso dizer que acabei o meu 11º ano da melhor forma.

Ainda te lembras do que sentiste quando entraste para o 5º ano?
Por um lado, sentia-me um pouco desconfortável, porque estava a entrar numa escola nova, com novas pessoas, novos métodos, novas etapas, mas uma coisa que contrariava tudo isso era o facto de eu não estar sozinha neste caminho. Apesar de ter visto caras novas na turma, esta era maioritariamente constituída por amiguinhos que vinham do 1º ciclo comigo.
Afirmo que era um pouco rebelde, mas como estava na escola de gente grande e estava a entrar no ''território dos grandes" tinha que ter respeito. E tínhamos.
Uma das recordações que guardo é aquela sensação de inicialmente estar desconfortável e isso ir desaparecendo aos poucos. Claro que o facto de o meu irmão também andar na escola e ser mais velho 4 anos ajudou.

Gostas da escola nova?
Todas as coisas têm os seus prós e contras e a escola nova não foge à regra. Com isso, não quer dizer que não goste das novas instalações. Gosto. Apenas tenho saudades da escola antiga, porque era um espaço onde nós, na altura, miúdos do 5º ano, podíamos brincar livremente.
Nesta nova eu sinto que os meninos do 2º e 3º ciclos não têm tanta liberdade no que toca a espaço. E mesmo eu, já crescida, sinto que nós, adolescentes, temos falta de espaço para estar durante os intervalos.
Só pude desfrutar da escola antiga durante o meu 5º ano, porque no ano seguinte já decorriam as obras, portanto não tenho muito poder de palavra no que toca a esse assunto, mas, por outro lado, não sou a única a partilhar esta opinião.
Mas, como disse, tudo tem os seus prós e contras e esta escola nova é muito mais confortável que a outra e nisto refiro-me à cantina, à biblioteca, aos banquinhos no exterior, aos sofás nos corredores, às próprias salas de aula, entre outras coisas. Tudo é muito mais moderno, pois também já não temos quadros a giz nem estruturas degradadas.
Acho que muita gente não dá valor àquilo que tem, pois só aponta para as coisas que estão mal e não se inteira das coisas boas que esta escola tem para nos oferecer. Afinal de contas é onde passamos  a maior parte do dia e, como tal, temos que preservar a nossa casa.

Onde te vês no próximo ano?
Nesta altura do campeonato, sinto o meu destino um pouco indefinido.
Quero prosseguir estudos na faculdade, mas cada vez mais sinto-me dividida entre dois cursos, principalmente. Tudo o que eu quero fazer agora é tirar boas notas, para assim, chegar ao final do ano e estar à vontade com a minha média para poder escolher.

Durante estes anos todos que cá andaste, tiveste algum professor que te marcou?
Para além de bons profissionais, são também humanos. Afinal, que professor é que marca, se não tiver algo de humano dentro de si? Aquele que, para além de ensinar a sua disciplina também nos ensina valores e nos ajuda a ultrapassar certos medos que nós temos, entre muitas outras coisas que nos ajudam a crescer.
Uma pessoa que definitivamente me marcou e tenho a certeza que vai continuar a marcar-me é a professora Alda Ramos. Não quer dizer que não tenha outros, porque tenho e posso agradecer-lhes eternamente por também me terem feito crescer e por terem assistido à minha evolução nesta escola. Mas uma das grandes pessoas que encontrei nesta segunda casa onde andei tanto tempo foi, sem dúvida, a professora Alda. A ela se aplica tudo o que disse anteriormente. Para além disso, eu sempre vou relembrá-la como a professora de cabelo vermelho com o trolley cor de rosa.

Como é que te sentes agora que estás no 12º ano e que aqui percorreste um longo caminho desde o 5º ano?
Agora que estou no 12º ano, na etapa final do percurso desta escola, posso afirmar que estes anos passaram a correr.
Houve uma altura em que já estava um pouco saturada de ver os mesmos rostos todos os dias e de ter uma rotina monótona. O secundário veio mudar isso tudo! Eu dei um grande salto do 9º ano para o 10º, pois tinha noção do quão diferente iria ser e estou muito orgulhosa disso. Estou orgulhosa de ter ganho bons amigos, estou orgulhosa de ainda continuar a ter contacto com velhos amigos e, quando sair da escola, no final do ano, sentir-me-ei feliz por deixar pegadas tão grandes nesta segunda casa.

Tudo o que passei nesta escola foi fulcral para o meu desenvolvimento enquanto ser humano.

Muito obrigada, Liliana, e muitas felicidades!

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