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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

...

Fizemos balanços e atribuímos classificações.

Preparámos a mudança.

Agora, entramos em festa e preparamo-nos para a nova casa da ESÁS e para o novo ano.

Com muita vontade de vencer e de sermos agradavelmente surpreendidos.

Para todos, um BOM NATAL !

Atenção às calorias do que ingerem entre Janeiro e Dezembro. Entre Dezembro e Janeiro é impossível :)
Aproveitem para se deliciarem com as iguarias possíveis em dias de festa quentinha e serena e façam o favor de aproveitar bem o TEMPO que tanto almejaram.

domingo, 19 de dezembro de 2010

José e Pilar

Um documentário sobre um pouco da vida de um Nobel, de um homem, ou de um casal? Sobre o amor ou sobre uma simbiose?
Imperdível.

sábado, 18 de dezembro de 2010

de saída

Soubemos que mais três colegas avançaram com os seus pedidos de aposentação.
E então?, perguntarão os leitores.
Então? Ainda não estão no fim das suas carreiras.
E isso entristece-nos. Muito.
Gente GRANDE que dedicou toda a energia a esta Arte de ensinar e que sai, empurrada, com tanto ainda por e para dar.
Gente que "sonhou" sair em glória, com a sensação do dever cumprido.
No entanto, por força das circunstâncias, sai depauperada, desgastada, desejosa de se ver livre da profissão que abraçou.

E isso é triste, muito triste!
Percebemos bem o cansaço.
Lamentamos imenso as razões. Tanto!

Companheiros, abraçamos-vos a TODOS com a estima imensa que nos merecem.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

e agora?

6 de Dezembro (é só clicar) lançámos o desafio de lerem e votarem no Despachozinho (é só clicar, de novo) sobre a "sorte" dos professores classificadores de exames.
Votaram? Só tivemos três respostas. Três condenações. Venha daí o sociólogo e analise.

Claro que já estava "despachado" e ninguém tem tempo para estas coisas, mas agora dizem: ai e tal, ai e tal...
Ai e tal? Ai e tal, NADA!

Aproveitamos para, a propósito desse desafio, publicar o conteúdo de um dos comentários que citava Brecht:

Primeiro levaram os negros
imagem tirada daqui
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Tão pertinente, não?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

o sonho (ainda) comanda a vida

Quem não se lembra?
Acreditamos que todo o professor gostaria de ser o Comandante tão amado pelos seus alunos como este professor do filme "Clube dos Poetas Mortos" e de, na hora da despedida, poder dizer "Thank you, boys, thank you."

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

leituras

Porque há leituras simples que nos fazem sentir espelhados, aqui vai uma sugestão:


"Gosto muito do que faço, amigo, sabe? Sobretudo porque me mantém espeleologista da condição humana, que é como quem diz, de mim próprio, nesta busca constante de tentar através dos outros decifrar quem sou, ou antes, porque sou. Em jovem adolescente explorava grutas, buracos sinistros de onde tombavam pingos asquerosos, numa humidade habitada por ratos com asas. Eis-me, de novo, de lanterna na fronte, tentando iluminar os recantos mais escuros ou sombrios onde falha o meu entendimento ou intuição. Enorme privilégio este, de ser ao mesmo tempo actor e espectador, ouvinte e guionista, contracenando comigo próprio."

in Vida em Mim, Nuno Lobo Antunes

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

tenho dores fechadas em caixinhas




Para poderem acompanhar, OXALÁ TE VEJA:

Tenho dores fechadas em caixinhas,
Contra mim, contra ti, contra lá,
Contra os dias que passam, a meu lado
Tenho dores fechadas em caixinhas, contra aqui, contra ali, contra cá
Que me dizem, estou aqui, estamos lá

Ah diz-me la, diz me aqui
Oxalá, oxalá te veja a meu lado ao pé de mim
Tenho dores fechadas em caixinhas
Contra mim, contra ti, contra lá,
Contra os dias que passam, a meu lado

Tenho dores fechadas em caixinhas,
contra aqui, contra ali, contra cá
Mas que me dizem, estou aqui, estamos lá

Ah diz-me la, diz me aqui
Oxalá, oxalá te veja a meu lado ao pé de mim, ao pé de mim
Ah oxalá te veja ao meu lado
Oxalá te veja bem aqui

Ai oxalá te veja a meu lado
ao pé de mim, ao pé de mim.

ÓQueStrada

ainda a avaliação de professores

Os Professores da Escola Secundária de Camões vêm, mais uma vez, expressar a sua preocupação pelo modo como o processo de avaliação tem vindo a ser conduzido.

O artigo 40º do Estatuto da Carreira Docente, intitulado “Caracterização e objectivos da avaliação do desempenho” refere, no ponto 3, alíneas a), b) e h), respectivamente: “contribuir para a melhoria da prática pedagógica do docente”; “contribuir para a valorização do trabalho e da profissão docente” e “promover o trabalho de cooperação entre os docentes, tendo em vista a melhoria do seu desempenho”.

Somos induzidos a pensar que a implementação do actual modelo de avaliação não só é exequível, mas sobretudo a esperar que, na prossecução dos seus objectivos, se constitua como um instrumento auxiliar da prática pedagógica, do trabalho docente e, deste modo, contribua para a melhoria do desempenho dos professores da qual beneficiariam os alunos, a instituição e a comunidade escolar. Contudo, a realidade da escola, no decurso do seu labor quotidiano, corre ao risco de comprometer esse objectivo. As tarefas burocráticas exigidas ao professor/relator vêm ocupar o tempo destinado à preparação das actividades lectivas, à construção de materiais didácticos que se querem inovadores, ao acompanhamento de projectos diversos. Além disso, a existência de quotas vai perturbar a vida escolar pois suscita a competição entre pares e põe em causa o trabalho colaborativo. Como poderia este modelo de avaliação – em que se é relator de um seu parceiro e em que se concorre com ele por meio de quotas – contribuir para a melhoria da função docente?

1-A aplicação deste modelo de avaliação tem implicações negativas no funcionamento da escola, nomeadamente a nível das relações interpessoais e da redução das horas de acompanhamento dos alunos.

O modelo envolve, de forma continuada, todos os professores como avaliados e muitos como avaliadores, num processo complexo em que os avaliadores não estão legitimados, e mesmo o questionável critério da senioridade, imposto pela lei, é, por vezes, de impossível aplicação;

A avaliação é feita pelos pares. Avaliados e avaliadores concorrem às mesmas quotas sem que estejam garantidos os princípios da isenção e de ausência de conflito de interesses;

A prioridade estabelecida para este processo e o tempo que inevitavelmente consumirá conduzirá à redução das horas de acompanhamento dos alunos. Na nossa escola apoios a alunos nas disciplinas de Matemática e Física e Química, desenvolvidos em todas as turmas, desde há alguns anos, e de que fazemos um balanço positivo, ficam comprometidos, bem como a Sala de Estudo ou outros apoios e projectos. O tempo necessário para fazer o acompanhamento de todos os professores, tendo em conta padrões de desempenho, definição de instrumentos de avaliação, preenchimento das fichas de avaliação, realização de reuniões da Comissão de Avaliação e Júri de Avaliação, assistências a aulas, entrevistas, etc…, acabará inevitavelmente também por recair sobre a componente de trabalho individual dos professores tão essencial à preparação de aulas, produção de materiais, correcção de trabalhos, etc…

2- Apesar de estarmos a poucos meses do fim do ciclo de avaliação em curso e cuja duração foi fixada em dois anos, existem inúmeras dúvidas, lacunas e incongruências legais:

Sendo as quotas (% de Muito Bons e Excelentes) por escola, como se resolve o conflito de interesses existente quando elementos da Comissão de Avaliação e relatores concorrem à mesma quota dos professores a quem atribuem Excelente ou Muito Bom?

Que padrões de desempenho/critérios estão na base da avaliação do Director e dos outros elementos das direcções das escolas? Os elementos das Direcções, que leccionam, como vêem esse trabalho avaliado? Os elementos das Direcções também concorrem às quotas da escola?

Qual a legitimidade de os coordenadores poderem assistir a aulas dos relatores e o Director dos coordenadores, não avaliando a qualidade científica do trabalho? Faz sentido separar a dimensão pedagógica da científica, quando se observa uma aula?

O Despacho n.º 14420/2010 estabelece em pormenor as regras para o preenchimento da ficha de avaliação nele publicada, define os domínios a avaliar, a escala de classificação (1 a 10) e a forma de determinação da classificação final, calculada pela “média aritmética ponderada das pontuações atribuídas aos domínios avaliados, arredondada às milésimas”. Simultaneamente, exige que a “Proposta de classificação final tem de garantir o cumprimento das percentagens máximas estabelecidas para a atribuição das menções de Excelente e Muito bom”. Como se pode aceitar “mudar” avaliações feitas, falseando classificações nas fichas, para que o valor da média seja o desejado? Como se faz este “ajuste”?

3- A legislação sucessivamente publicada e os esclarecimentos que a DGRHE tem vindo a dar às escolas, por vezes de legalidade duvidosa, não ajudam e confirmam que o modelo não é exequível.

Por exemplo, no que respeita ao tempo, o Decreto Regulamentar nº 2/2010 de 23 de Junho, refere explicitamente no artigo 14º, ponto 3 “Os relatores que não exerçam em exclusividade as funções … beneficiam da redução de um tempo lectivo por cada três docentes a avaliar.” O despacho n.º 11120-A/2010 de organização do ano lectivo, publicado em 6 de Julho de 2010, refere no Artº 8º, ponto 1 “Para efeitos de avaliação do desempenho do pessoal docente deve considerar-se o critério, por relator, de um tempo lectivo semanal para avaliação de três docentes” e a informação da DGRHE – ORGANIZAÇÃO DO ANO ESCOLAR, de 26 de Julho de 2010 – refere “As horas de redução a que os relatores têm direito para o exercício das funções de avaliação de desempenho de outros docentes aplicam‐se em 1º lugar sobre as horas de redução da componente lectiva que o docente beneficia ao abrigo do art.º 79 do ECD e sobre horas da componente não lectiva de estabelecimento e só depois, em caso de insuficiência, na componente lectiva”. A circular B10015847T, só enviada a algumas escolas, estabelece que “a função de avaliação dos relatores pelo coordenador de Departamento curricular integra-se nas funções de coordenação deste, não existindo qualquer previsão legal para uma redução específica de componente lectiva em razão desta função”. Ou seja os coordenadores de departamento não têm qualquer tempo destinado ao desempenho das funções de relator, embora possam ter de avaliar 10, 15 ou mais professores/relatores? Como podem desenvolver, de forma séria, este e todo o trabalho de coordenação previsto na lei e no Regulamento interno da escola? Afinal há ou não direito a redução da componente lectiva de 1 hora para 3 professores avaliados?

Esta última circular da DGHRE vai mais longe e estabelece inúmeras situações de excepção às condições previstas na lei para o exercício das funções de Relator que, por um lado, põem em causa o único (questionável) critério da senioridade defendido no Decreto nº2/2010 (possibilitando que praticamente qualquer professor mesmo de grupo diferente possa assistir a aulas de outro desde que este concorde) e, por outro, provam não ser possível a aplicação do modelo.

4- As recomendações da Comissão de Avaliação podendo, em abstracto, fazer sentido do ponto de vista teórico, não ajudam à concretização da implementação do modelo por não estarem minimamente reunidas condições para a sua aplicação, tornando-se por isso inúteis.

Conclusão

Pelo que foi dito não restam dúvidas que o actual modelo de avaliação é injusto, confuso e não exequível. Em vez de “contribuir para melhorar a prática pedagógica, valorizar o trabalho e a profissão, promover o trabalho de colaboração” fomenta conflitos e, em virtude da sua questionável exequibilidade, tem implicações negativas na prática pedagógica e na qualidade da escola pública.

Parece evidente que o único objectivo atingível é a introdução de quotas para efeitos de progressão na carreira docente. Como mesmo este objectivo está colocado em causa pelo congelamento anunciado, perguntamos porque não se suspende e se procura construir um modelo credível e justo de avaliação de professores?

Subscrito pela maioria dos professores da Escola Secundária de Camões

Lisboa, 2 de Dezembro de 2010



sábado, 11 de dezembro de 2010

esclarecimento

Não foi por lapso que no primeiro post de 10 de Dezembro, a circular do nosso descontentamento, escrevemos:

C I R C U L A R Nº B10050664R
Data: 03-12-2010
I. TRANSIÇÃO DE CARREIRA DOENTE
Artigo 7.º do DL n.º 75/2010

Ao copiar e colar, deixámos cair o C de DoCente. Propositadamente.
É que a sentimos febril. A carreira. E está. DOENTE.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

desafio VI

Eis-nos chegados a mais um fim-de-semana. E com ele a um novo desafio.

ET calls home

Quem não se lembra?
NÓS comovemo-nos sempre que o vemos.
O eterno E.T. de Steven Spielberg.

No final do filme, antes de entrar na nave espacial, E.T. diz a Elliott "Eu vou estar aqui", apontando o dedo brilhante para a cabeça de Elliott.

De seguida, E.T. pega no vaso de flores que Gertie lhe dera, entra na nave e parte, deixando um arco-íris no céu.

Se não conhecem, vejam. É um filme imperdível! Para ser visto em família.
Pertence muito mais ao imaginário dos mais velhos (data de 1982) do que dos mais novos. Mas, do agrado de todos, estamos certos.

O desafio que vos propomos é o de (re)verem o filme e deixarem por aqui os vossos comentários. E, por favor, não sejam parcos em palavras. Nem em emoções! :)

a circular do nosso descontentamento

É entrar, senhorias, a ver o que cá se passa
sete ratos, três enguias e uma cabra abracadabra

C I R C U L A R Nº B10050664R                                                                                            
Data: 03-12-2010
I. TRANSIÇÃO DE CARREIRA DOENTE
Artigo 7.º do DL n.º 75/2010

1. Os docentes (professores e professores titulares) transitam para a categoria única da nova estrutura
mantendo os índices remuneratórios auferidos. O tempo de serviço prestado no respectivo escalão e índice
é contabilizado no escalão e índice de integração.

2. A contagem de tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira é sempre aferida considerando-
se o tempo de serviço efectivamente prestado no escalão e índice em que o docente está posicionado,
salvaguardando o disposto na Lei n.º 43/2005, de 29/08 e na Lei n.º 53-C/2006, de 29/12 (desconto do tempo de serviço no período de 30.08.2005 a 31.12.2007).

3. A transição para a nova categoria e escalão efectua-se a 24.06.2010 sem quaisquer formalidades e
mediante a elaboração pelo estabelecimento escolar de lista nominativa, a afixar em local apropriado.

4. Docente do nível de qualificação 2 - continua a aplicar-se a estes docentes o disposto no n.º 9 do artigo
10.º do Decreto -Lei n.º 15/2007, de 19 de Janeiro.
(...)

Por pudor, não publicamos o resto da circular. O círculo vermelho no canto superior direito é revelador do nosso descontentamento.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

laboratórios abertos

Já é prática da nossa escola abrir os Laboratórios de Biologia, Física e Química aos 4os anos de escolaridade do Agrupamento.
No dia 22 de Novembro tornou a fazer-se ”ciência para pequeninos”. Foram nove turmas e cerca de 200 alunos que visitaram e circularam pelos nossos laboratórios.
As turmas dinamizadoras desta actividade foram o 12ºA, 12ºB, o 12ºC e o 10º A .
Os alunos do ensino básico puderam fazer e   ver algumas experiências supervisionados pelos finalistas da ESÁS.
O interesse demonstrado e a satisfação que todos demonstravam (quer alunos do 4º ano de escolaridade, quer alunos do 12º ano), são sinais que esta actividade já é uma TRADIÇÃO na nossa escola que não deve desaparecer!
Carmen Madureira, professora 


lab Química
  

lab Biologia

 


lab Física
 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

vamos votar no Despacho?

Ora vamos ler o Despachozinho. E, depois, vamos a votos. Combinado?
Ana Banha/arquivo Público


Ponha o dedo no ar quem votar a favor.
E quem votar contra.
Não há lugar para abstenções.

Despacho n.º 18060/2010. D.R. n.º 234, Série II de 2010-12-03

Ministério da Educação — Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Educação

Estabelece as regras de apresentação das propostas de docentes para o exercício da função de professores classificadores dos exames nacionais dos ensinos básico e secundário.

Leia também a notícia no jornal PÚBLICO.

domingo, 5 de dezembro de 2010

questão oportuna

Acham que as definições apresentadas têm algo em comum? E que combinam? Como?

Assim: professor + relator = ? 
Ou assim: relator + professor = ?

Expliquem lá, p.f., muito devagarinho, o que é um professor-relator.

definição oportuna

relator (ô)

s. m.

1. Aquele que relata ou redige um relatório ou o parecer de uma comissão ou assembleia.

2. Aquele que refere ou narra.

Dir. juiz relator: o que tem de fazer o relatório do processo que lhe é distribuído, fundamentando o seu voto.

in Dicionário PRIBERAM

definição oportuna

professor (ô)

(latim professor, -oris)

s. m.

1. Aquele que ensina uma arte, uma actividade!, uma ciência, uma língua, etc.

2. Pessoa que ensina em escola, universidade ou noutro estabelecimento de ensino. = DOCENTE

3. Executante de uma orquestra de primeira ordem.

4. Aquele que professa publicamente as verdades religiosas.

5. Entendido, perito.

adj.

6. Que ensina.

in Dicionário PRIBERAM

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

desafio V

Depois da divulgação dos dados do inquérito abaixo apresentados, esta tela figurou-se-nos oportuna para vos deixar em desafio de fim-de-semana.
E o desafio é descobrirem quem pintou e o que, na vossa perspectiva, pretende representar.
Não sejam parcos em palavras. Têm todo o fim-de-semana para o fazerem.

neste Natal ofereçam...

Há uns tempos atrás inquirimos alguns dos nossos colegas professores e alunos com uma pergunta “simples”. Era esta: diz-nos cinco coisas que gostes de fazer ou gostes de ter.

Não referimos o objectivo da pergunta para não influenciar as respostas. Comprometemo-nos a dar feedback do resultado.

Ora aqui vai o objectivo: a proximidade do Natal e de uma interrupção das actividades lectivas, leva-nos às compras descontroladas, absurdas e disparatadas. Investe-se nas mais díspares ofertas, tão pouco a gosto de quem as recebe. (Vá, confessem: quem nunca recebeu um par de peúgas ou umas cuecas no Natal? Uau!!! Que felicidade! Era MESMO isso que adoravam receber, não?)

E os presentes revelam-se inúteis, ridículos e até constrangedores para quem os recebe. E as compras constituem momentos de stress para quem as faz e uma despesa acrescida nas parcas remunerações.

Nós consideramos que as prendas feitas/construídas pelas próprias mãos são muito mais agradáveis, mas, infelizmente, nem todos têm jeito ou criatividade para tal. Que saudades dos postais feitos pelos garotos no infantário, ou do tosco boneco de plasticina feito às escondidas!

Bom, agora vamos ao feedback prometido. Surpreendam-se com os resultados do nosso “inquérito”.

Dos 150 inquiridos, recebemos resposta de 102.

45 são adultos (professores) e 57 são alunos do ensino secundário.

80% dos adultos referiram que o que gostariam de ter era tempo.

95% dos jovens referiram que o que mais gostavam de fazer era estar com os amigos.

Curiosamente entre o ter e o fazer não se distinguiram muito as respostas. Muitos referiram gostar de ter tempo para poderem fazer coisas como estar com os amigos, ou com a família ou a sós.

Pois, queridos leitores, neste Natal invistam nisso: ofereçam TEMPO a cada um de vós, seja para estarem com os amigos, seja para estarem com a família, seja para estarem a sós, convosco, no quentinho dos vossos lares.

É barato, não provoca stress e, pelos vistos, é o presente mais almejado.

Bom “tempo”!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

a vida é bela

O título deste post pode sugerir que nos vamos debruçar sobre um filme. E, por acaso, de um filme imperdível. Mas não é sobre esse filme de Roberto Begnini que vos queremos falar hoje. Escreveremos sobre ele noutra oportunidade.
Hoje, queremos mostrar-vos a satisfação de sermos surpreendidos.
E, neste dia (Maio de 2010) e neste local (Pamplona, Espanha), estas pessoas foram surpreendidas.
A vida é bela! :)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

o lugar de top de que não nos orgulhamos

A situação do VIH/SIDA em Portugal é "alarmante", dado que o país é o penúltimo da Europa em termos de capacidade de resposta a esta epidemia, afirmou esta terça-feira o professor Joaquim Machado Caetano.

"A prevalência da SIDA em Portugal continua a ter os mais altos níveis da Europa e o único país com pior estatística do que o nosso é a Estónia, no Leste europeu, o que significa que não conseguimos pôr em marcha nestes anos todos um projecto nacional seguro e eficaz para reduzir a prevalência dos casos de VIH/SIDA", disse à agência Lusa o presidente das I Jornadas Nacionais Ético-Jurídicas sobre Infecção VIH/SIDA.

1 de Dezembro
O Dia Mundial da Sida assinala-se hoje com várias iniciativas pelo país para lembrar uma doença que em 2009 afetava 42 mil pessoas em Portugal, mais 11 mil do que em 2001.

Este ano o lema escolhido internacionalmente para assinalar a efeméride está relacionado com os Direitos Humanos, muitas vezes ainda esquecidos em relação aos doentes com sida, segundo as organizações que estão no terreno.
© 2010 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

75 anos depois


Fernando Pessoa morre a 30 de Novembro de 1935.

75 anos depois da sua morte, Pessoa está vivo entre nós.

Paradoxo? É habitual com o poeta.

Na véspera da sua morte escreveu "I know not what tomorow will bring." Ironia do destino!

Nós sabemos o que o futuro lhe reservou: a eternidade.



A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.

A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.

23-5-1932, Poesias, Fernando Pessoa

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

memórias...

Era uma vez uma turma de Humanidades muito curiosa.

De entre todos os elementos, havia um grupo de rapazes por demais divertido, educado e com um sentido de humor peculiar.

Recordo-me de todos, um a um. Enchiam-me a alma de cada vez que estava com eles.

E recordo-me de um dia me terem mostrado um desenho, feito a esferográfica, que era representativo do grupo. Objectivo: tentar adivinhar o logótipo. Pareciam-me duas raquetes de ténis, mas não os sabia admiradores da modalidade. Arrisquei temerária, consciente do erro.

Riram. Não eram raquetes, claro.

Eram duas coxinhas de frango. Ah, bom! Sim, isso eu entendia. Às sextas-feiras eles iam almoçar a uma churrasqueira próxima da escola (manjar providencial em proximidade de fim-de-semana) e alcunhavam-se de “Come Frangos”.

Como o sabor daqueles almoços transformava a desgraça em alegria!!! E como eles tinham a consciência disso!!! E como riam!!!

Hoje são meus colegas, homens adultos, em futuro que certamente saberá sorrir-lhes porque a quem tem esse sentido de humor, a Sorte não pode ser negada.

Um abracinho a cada um dos meus queridos "Come Frangos"!

MC

solução desafio IV

Parabéns, anónimo! A solução foi logo avançada no primeiro comentário, por um anónimo, que não quis identificar-se mesmo após insistência nossa. Temos pena, pois sempre poderíamos dizer-lhe qualquer coisa do género "Minha querida/meu querido __________, parabéns por conhecer tão bem este poeta! Tem muito bom gosto e só revela sensibilidade." No entanto, não será por isso que deixamos de o felicitar. Apenas não podemos nomeá-lo. Mas ele há-de ler-nos (o "crimininoso" volta sempre ao local do crime, dizem :)).

Para além desta referência, não resistimos a publicar a resposta de um simpático "Luís de Camões" que aqui comentou o post em causa, desta maneira:
"Pois o anónimo já desvendou o autor do fantástico poema: Álvaro de Campos (heterónimo de Pessoa).

Resta-me contrapor algumas provocações célebres sobre o amor, que alguns "compinchas" meus avançaram:

"Sê paciente, espera que a palavra amadureça e se desprenda como um fruto ao passar o vento que o mereça."
Eugénio de Andrade

"O amor e a verdade estão unidos entre si, como as faces de uma moeda. É impossível separá-los. São as forças mais abstractas e mais poderosas desse mundo."
Mahatma Gandhi

"Há vários motivos para não se amar uma pessoa e um só para amá-la."
Carlos Drummond de Andrade

"O amor e o desejo são as asas do espírito das grandes façanhas."
Goethe

(Os destaques do texto são da nossa responsabilidade.)

domingo, 28 de novembro de 2010

the imagine project

Porque este senhor vai estar por cá, em Lisboa (a 7 de Dezembro, no Campo Pequeno) e no Porto (a 8 de Dezembro, na Casa da Música), aqui vai um pedacinho do que ele faz.
Ele é Herbie Hancock e este é o seu "The Imagine Project".
Que tal? A ouvir, bem alto.

sábado, 27 de novembro de 2010

desafio IV

Em tempo de fim-de-semana, ele aí vem: o desafio.
Quem sabe quem foi o autor destas VERDADES? E o que acham delas?
Desfrutem. E não sejam "ridículos".

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.


As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente Ridículas.)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

pensamento do dia

"Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos.

Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos existir."

  José Saramago

greve geral (nas escolas)

A greve nas escolas presta-se a muitas leituras. Sobretudo porque envolve vários grupos de cidadãos: os alunos, os EE, os funcionários e os professores. 

Aos olhos dos alunos é uma folga.
Aos olhos dos EE é uma maçada pois não sabem o que fazer aos filhos.

Mas esta greve não foi uma greve de professores. Foi uma greve geral.
E, quando TODOS estão unidos pela mesma causa, a greve pode ser significativa.
Esta, a de dia 24, foi uma dessas oportunidades: mostrar que TODOS mostravam um cartão vermelho à situação actual em que vivemos.

E toda a gente percebe isso, se for explicado.
Vamos lá passar para os grupos directamente envolvidos com a ESCOLA:
Os alunos percebem que os professores, os funcionários e os seus EE têm muitas razões para estarem descontentes pois vive.
Os EE percebem que há muitas razões para o descontentamento dos professores e dos funcionários pois também eles sentem o mesmo nas suas profissões.
Os funcionários das escolas conhecem as razões dos professores e dos EE, porque estão informados.
Os professores sentem bem na pele o que se passa com eles (recordo bem os olhinhos de espanto dos alunos quando lhes expliquei o que se passava com os congelamentos, as horas de trabalho diárias a mais sem remuneração, a fantochada das aulas de substituição, a ADD, os cortes salariais) e conhecem o que s passa com os funcionários da escola e com os EE.
 
Por isso, esta greve foi diferente. Todos percebem todos.
E, por isso escrevemos, a 24, que o blogue (continuo a gostar do portuguesismo blogue em vez do anglicismo blog da imagem) estava de greve, sobretudo por aqueles que a não podiam fazer.

Não somos arautos da verdade. Nem moralistas. Nem este é um blogue político.
Este é um blogue de pessoas de uma escola que exercem a sua condição de cidadãos e que têm opinião.

Na nossa perspectiva só teriam razão para não fazerem greve: os que não conseguem trabalho; os que estão desempregados; os que trabalham a recibos verdes há anos (!); os que querendo dizer BASTA não o dizem por recearem ser excluídos; os que não podem conjugar o verbo trabalhar.

E, por eles, a responsabilidade do nosso post.
A outra, bem maior, é a responsabilidade de cada um dos eleitores.

MC

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

terça-feira, 23 de novembro de 2010

a (re)ler

Breve sinopse de "Ensaio sobre a Lucidez" de José Saramago:

Num país qualquer, num dia chuvoso de votação, poucos eleitores compareceram para votar, durante a manhã. As autoridades eleitorais, preocupadas, chegaram a supor que haveria uma abstenção gigantesca. À tarde, quase no encerramento da votação, centenas de milhares de eleitores compareceram aos locais de votação. Formaram-se filas quilométricas, e tudo pareceu normal. Mas, para desespero das autoridades eleitorais, houve quase setenta por cento de votos em branco. Uma catástrofe. Evidentemente que as instituições, partidos políticos e autoridades, haviam perdido a credibilidade da população. O voto em branco fora uma manifestação inocente, um desabafo, a indignação pelo descalabro praticado por políticos pertencentes aos partidos da direita, da esquerda e do meio. Políticos de partidos diferentes, mas de actuações iguais, usufruindo de privilégios que afrontavam a população. Os eleitores estavam cansados, revoltados. Os governantes, sentindo-se ameaçados, trataram de agir em nome da ordem, perseguindo, prendendo, maltratando, eliminando. Alguns que viveram os horrores da cegueira branca, novamente sofreram. Os governantes, preocupados em salvar a própria pele, em garantir o poder, não perceberam que a cegueira branca de outrora, demonstrativo de que há muito o homem estava cego, tinham paralelo com o voto branco de agora, indicativo de que a população não perdera a lucidez.

balanço desafio III

Foi a mais vista das mensagens deste blogue, como podem verificar na coluna da direita, que, simpaticamente, vai fazendo as contas desta casa.

Não é que A Nêspera ganhou à circular da DGRHE? Devemos tirar daqui alguma ilação?
Bolas, ou será que vale a pena ser nêspera? :) Ou ser velha? :)

Nós cá achamos que o que vale mesmo a pena é ser desafiado.

Muito gratas a todos os que aqui aparecem. Em especial aos alunos e aos professores da casa. São a nossa inspiração.

domingo, 21 de novembro de 2010

desafio III

Desta vez, o desafio é solicitar que interpretem a metáfora contida no poema que apresentamos. Aguardamos comentários inspirados e contextualizados :)

(Pedimos desculpa pela incoerência da imagem, mas não encontrámos nenhuma foto em que a nêspera estivesse deitada, caladita, na cama.)

A Nêspera

uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia

chegou a Velha
e disse,
olha uma nêspera!
e, zás, comeu-a

é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece

in Novos Contos do Gin, Mário Henrique Leiria

sábado, 20 de novembro de 2010

uma imagem vale mais do que mil palavras

definição oportuna: paz

paz  (latim pax, pacis)
s. f.1. Quietação de ânimo.
2. Sossego, tranquilidade.
3. Ausência de guerra, de dissensões.
4. Boa harmonia.
5. Concórdia, reconciliação.
6. Paciência, pachorra.
7. Relig. catól. Cerimónia em que, na missa, o celebrante beija a pátena e abraça o diácono.
8. A pátena.
9. A relíquia ou imagem que nas catedrais se dá a beijar ao coro, etc.
abraço de paz: o que o corpo docente dá ao que se gradua em doutor.
anjo da paz: pessoa que trata de reconciliar desavindos.
gente de paz: gente pacífica e amiga.
paz octaviana!otaviana: paz profunda e inalterável.
paz podre: silêncio profundo.
símbolo da paz: a oliveira.

in PRIBERAM

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

estados de alma

Muitos de NÓS estão esgotados.
A falta de condições de trabalho, as responsabilidades imputadas ao professor, a demissão das famílias na educação dos seus filhos, as horas de trabalho improdutivas, a falta de respeito pela profissão e pela pessoa do "mestre", derrotam paulatinamente qualquer educador bem-intencionado.
Mesmo aquele que, encantado com a ideia de partir à "tripla aventura" (como diz Steiner, citado no post "ser professor ainda é?"), se vê preso a "cabos na viagem" e rema "contra ventos e marés".
MC

ESTADOS DE ALMA

Estou cansada, cansada
Psicologicamente...
Mas tenho lido muito, muito
Muitos poetas
E cheguei à conclusão
Que há cabos nas nossas viagens
Tão difíceis de ultrapassar...
Sobretudo, remando, remando
Sempre contra ventos e marés!

Izilda Ribeiro (professora)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

para sempre???

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou hoje no Parlamento que os cortes aplicados aos vencimentos a partir de Janeiro de 2011 serão «para sempre».

terça-feira, 16 de novembro de 2010

sugestão do Ricardo

Na nossa escola há cursos Profissionais. Também há Cursos Científico-Humanísticos.
Há turmas melhores do que outras. Há alunos mais empreendedores do que outros. Há professores mais dedicados do que outros.
, sobretudo, pessoas.
E essas, TODAS, querem um futuro melhor, zangadas ou não com o sistema, frustradas ou não com a sorte. Querem um futuro tão belo quanto a arte destas mãos o fazem.



Este post não tem nada a ver com Educação, mas foi um aluno, o Ricardo, que nos mostrou este vídeo. E o Ricardo é um aluno de um Curso Profissional vindo de um Curso Científico-Humanístico e é, sobretudo, uma pessoa que está a tentar fazer com que o seu futuro seja melhor.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

e o que é ser aluno de um curso profissional?

O espaço abaixo será acrescido dos comentários aqui chegados ao post ou ao email do blogue. A imagem é pura provocação.

domingo, 14 de novembro de 2010

ser professor ainda é?

«Despertar noutro ser humano poderes e sonhos além dos seus; induzir nos outros um amor por aquilo que amamos; fazer do seu presente interior o seu futuro: eis uma tripla aventura como nenhuma outra.»

George Steiner

sábado, 13 de novembro de 2010

desafio II

O Elmo é uma das mais doces personagens da Rua Sésamo (quem não se lembra?) e compôs a sua própria canção "Elmo's Song".
Em dias cinzentos, e em fim-de-semana, sozinhos ou com a família ou amigos, o desafio é sugerir-vos que façam como ele: criem a vossa própria canção :)
Por exemplo: la la la... la la la... ESÁS song
"See what Elmo did":

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

alguém duvida?

No processo de ensino/aprendizagem, metaforicamente visto como uma maratona, "tão bom é o atleta que chega à meta em 1º lugar, sem qualquer dificuldade, como o coxo que chega em último, cheio de dificuldades, mas chega. Todos devem ser premiados."
J. Q.
Alguém duvida? Nós, não.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

pode ser um problema do belili? do proxis?

Ó malta da informática, colegas, amigos, "entendidos" no assunto, desculpem lá, mas o Bruno tem mesmo razão. Ora vejam lá isto:

terça-feira, 9 de novembro de 2010

este país não é para velhos?

"Um velho pobre é uma abomina­ção. É uma condenação à solidão, à doença, à miséria e à injustiça. Um ve­lho pobre é invisível aos olhos ingra­tos da sociedade. (...) Portugal é um país cruel com os seus velhos, desleixa-os, abandona-os e esquece-os. O Estado tem, a seu modo, cumprido essa fun­ção de velar pelos cidadãos que não podem velar por si. (...) Este Orçamento do Estado é cruel para com os velhos e reformados, os das esqueléticas pensões, os destituídos. Os velhos com direito a um Complemento Solidário do Idoso, os que têm rendimentos até 5 mil euros por ano (como é que alguém vive com este dinheiro?) ou rendi­mentos conjugais de cerca de 8 mil euros, não têm direi­to a sigilo bancário e são inspecionados e fiscalizados. (...) Na solidão das casas e dos quartos, aguardam a chegada do inverno e do frio que lhes rói os ossos porque não têm dinheiro para as faturas da eletricicidade. Alguns morrerão gelados ou da gripe. Prescindiram do banho quente. Quem não conhece estes velhos não conhece o pobre país que temos. Obrigá-los a pagar uma fatia, mínima que seja, do orçamento, é uma obscenidade. "
Clara Ferreira Alves, ÚNICA, 06-11-2010

porque o PORTO faz mais SENTIDO

... cantado pelo Rui Veloso, que anda há 30 anos nisto e enche Coliseus com público de todas as idades, cá vai uma homenagem à nossa cidade e ao seu intérprete:

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

há fome nas escolas

foto Expresso
"Um pouco por todo o país, cada vez mais crianças chegam à escola com fome e é de estômago vazio que tentam aprender. Pouco ou nada comeram de manhã. Pouco ou nada jantaram na noite anterior. Sentam-se irrequietas, estão desconcentradas e algumas queixam-se de dores de barriga. Há alterações de comportamento associadas à fome que os professores já aprenderam a detetar e que garantem serem mais notórias este ano letivo. Com a crise, os estabelecimentos de ensino desdobram-se em soluções para o problema. As escolas são cada vez mais instituições de solidariedade social."
in Expresso, 6 Novembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

ao Luís e à Diana

actriz Joana Mocarzel
Ontem vimos o Luís. Grande, adulto, falador, simpático. Fez 18 anos e está orgulhoso de si. É  um belo rapaz.
A Diana  tem quase a mesma idade. Tem 17. É uma menina-mulher criada com muito amor. Gosta de música e de dançar e é aprumadíssima nas tarefas domésticas.
São os dois muito amados.
Sorte de ambos, que encontraram nas suas famílias o suporte que muitas crianças nunca encontram, mesmo não sendo portadoras de qualquer deficiência.
Um abraço do tamanho do mundo a todos os Luís e a todas as Dianas e às famílias dessas crianças.

"A pessoa com Síndrome de Down quando adolescente e adulta tem uma vida semi-independente. Embora possa não atingir níveis avançados de escolaridade, pode trabalhar em diversas outras funções, de acordo com o seu nível intelectual. Ela pode ter a sua vida social como qualquer outra pessoa , trabalhar, praticar desporto, viajar, frequentar festas."
in weblones
A pessoa com síndrome de Down precisa, sobretudo, de muito amor.

este sexagenário é um encanto!

Inspirado em Spike, o cão preto e branco da família Shulz, Snoopy é da raça Beagle. É esperto, sonhador e apesar de nunca falar (afinal, era um cão) comunicava com os leitores através de expressões faciais e balões de pensamento. Snoopy sabe escrever, jogar basebol e tão depressa fantasia ser um piloto de aviões como um escritor consagrado. É corajoso e a única coisa de que tem medo é do gato do lado. Duas das suas actividades favoritas são beijar Lucy e roubar o cobertor de Linus. Tem como confidente (e vítima das suas partidas) Woodstock, um passarinho amarelo que sabe escrever à máquina e comunica através de pontos de exclamação. Tal como Snoopy, também Woodstock faz parte da equipa de basebol de Charlie Brown. Talvez por isso esta equipa nunca tenha ganho um único jogo.

Cada personagem de "Peanuts" é uma espécie de caricatura de uma determinada personalidade e forma de estar. Está lá tudo: a preguiça, a criatividade, o egoísmo ou a sensibilidade. E é por isso que 60 anos depois Snoopy e os amigos continuam a ser intemporais.

in jornal I

sábado, 6 de novembro de 2010

vamos confiar-vos um segredo

A qualquer leitor (colega, aluno, amigo, visitante).
À Cristina, ao Ricardo, à Diana, ao Bruno, ao Rúben, à Mónica, ao Tiago, à Marta, ao Zé, à Raquel, ao João, à Ana, ao Luís, à Catarina, ao Alexandre, à Raquel, à Eduarda, ao António, à Cátia, ao Manel, à Sara...

A propósito de uma rosa (podia ter sido sobre qualquer outra coisa), disse o Principezinho à raposa:

"É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos. É o tempo que perdeste com a tua rosa que torna a tua rosa tão importante. Os homens esqueceram-se desta verdade. Tornas-te responsável para sempre por aquilo que cativaste. És responsável pela tua rosa..."
in O Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry

cursos diferentes, matrizes curriculares iguais!?

O excerto abaixo apresentado é parte de um texto datado de 2003, publicado no jornal "A Página". Alguém nos explica, muito devagarinho, o que mudou desde aí? É que podemos estar distraídos e a tal perplexidade que se destaca abaixo já não existir. Quiçá!

"No que diz respeito à proposta de revisão curricular do ensino profissional é perfeitamente legítimo o enquadramento estratégico apontado para a necessidade de dotar os jovens de um conjunto de saberes humanísticos, científicos e técnicos que lhes permitam exercer de forma activa o seu papel de cidadãos e lhes possibilitem uma efectiva inserção no mercado de trabalho.
(...)
No entanto, é com perplexidade que se extrai do documento a definição de uma matriz curricular que a aproxima das matrizes curriculares das outras modalidades do ensino secundário. Com esta medida perde-se, completamente, a especificidade do ensino profissional que tem sido tão sublinhado por todos os governos e pelos agentes sócio-económicos.
(...)
É, pois, com grande expectativa e confiança que se espera que o ensino profissional seja melhorado e que se permita às escolas continuarem a percorrer o caminho que desbravaram, senão perdem todos, os alunos, as instituições, as empresas , as comunidades... o país.
Amadeu Dinis, A Página, 2003
Nota: os destaques são da nossa responsabilidade. 

sem comentários

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

solução desafio I: "O Falso Espelho"

O Luís desvendou o mistério do "olho".
É, de facto, "O Falso Espelho", de René Magritte e data de 1928.
"O olho, ao mesmo tempo que é um espelho da alma, é um falso espelho para o mundo concreto, porque ele não reflecte exactamente a realidade, na medida em que o que vemos sofre a interferência de cada um de nós." in Arts and Education
Verdade, não?
Surreal(ista)? Talvez.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

desafio I

A tela tem nome, mas o exercício de a tentarem "baptizar" é um desafio curioso. Não vale googlar :)

então a DGRHE orienta e nós não percebemos? mau, mau!!!

Pensamos porque razão tanto se regulamenta e depois é necessário ofícios sobre ofícios a esclarecer. Das duas, uma: ou estamos a ficar "lerdinhos" ou as regulamentações são estranhas. Nós votamos na segunda hipótese.                                                                                   Pode ler-se no AD DUO, blogue que se ocupa da legislação para docentes:                                                                                   "1.º, antes do ECD de 2007, a Formação Contínua só era exigida no momento em que se operava a progressão, ou seja, quando coincidisse com a data em que perfazia o tempo de serviço e somos de opinião que para operar as regras do novo ECD, não se pode exigir que se tivesse feito FC quando não era exigida.

2.º, no ciclo 2007-09 da ADD e sobre os pressupostos do ECD de 2007, a solução encontrada para a falta de oferta formativa pública foi considerar aquela que ainda não tinha sido utilizada desde que não tivessem sido tomadas em consideração em anteriores avaliações (art.º 6.º do DR 1-A/2009).
Foi considerada, certamente, formação realizada já no escalão em que se situavam. Desconhecemos se algum professor não terá progredido ou não tenha sido avaliado por falta da realização da FC no ciclo em causa. Atrevemo-nos a considerar que seja uma situação que não ocorreu.

3.º, faltava encontrar uma solução para o ciclo ADD 2009-2011. E só poderia ser nestes termos. Consideramos que não é desajustada a solução e neste sentido, não penalizará quem realizou FC assim como quem não a realizou por falta de acesso a oferta formativa pública.

O Arlindovsky, depois, acrescentou e muito bem, que a maioria dos docentes (os bacharéis) com mais de 6 anos no índice 299 são os que por força do DL 312/99, 10.ago, estavam impedidos de subirem ao índice 340 por se encontrarem no topo da sua carreira.

Consideramos que está encontrada a solução para os Directores não terem que exigir 100 horas de FC e é bom que se sublinhe que o que está em causa não é uma benesse."
in AD DUO, 04-11-2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

(in)confidências

Hoje recebi esta sms de um amigo:

"Não sem bastante emoção, no silêncio do meu gabinete, navego, com muitas memórias, através de um certo blog! :) Um abraço para todos... até que os braços me doam!"

Respondi, emocionada, como sempre lhe respondo:

"Que nunca te doam as mãos de uma escola que fizeste. Abracinho."

Eu sei que tu me perdoas a inconfidência, José Queirós! :)

cães ajudam crianças autistas

Um estudo recente desenvolvido por investigadores da Universidade de Montreal, no Canadá, concluiu que os cães desempenham um papel importantíssimo no desenvolvimento das crianças com necessidades especiais, segundo o site Softpedia, citando um estudo publicado na revista Psiconeuroendocrinologia. Sonia Lupien, investigadora sénior, professora do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Montreal e directora do Centro de Estudos de Stress Humano do Hospital Louis-H. Lafontaine, e os seus colegas, mediram a quantidade de cortisol presente na saliva de crianças autistas, para detectarem os níveis de stress. O corpo humano produz a hormona do cortisol em resposta ao stress, que atinge o seu pico meia hora depois do acordar e estabiliza ao longo do dia. “Tentámos avaliar o efeito que os cães tinham no nível de stress das crianças em três momentos diferentes: antes e durante a introdução do cão e família e depois de o cão abandonar a família”, explicou Sonia Lupien. Aos pais foi-lhe pedido que preenchessem um questionário sobre o comportamento das crianças nesses três momentos, os revelaram que as crianças revelaram 33 comportamentos problemáticos antes e depois de o cão chegar à família e apenas 25 quando o cão estava com eles. Este estudo permitiu concluir que cães devidamente treinados ajudam a diminuir os níveis de ansiedade nestas crianças e contribuem para incrementar a sua socialização. Lupien acrescentou ainda que a investigação “conclui que os cães têm um verdadeiro impacto nos níveis da hormona do stress nas crianças”.

Há várias décadas que é aconselhado às famílias com crianças autistas a terem um cão, mas este é o primeiro estudo científico que mede o impacto psicológico dos cães nestas crianças.
in JN, 02-11-2011

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O que há em mim é sobretudo cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço
picasaweb.google.com
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

tempo de congelamento


De dedo indicador esticado, tal como a Mafalda, citamos:

"Todo o tempo de serviço efectivo prestado pelos docentes dos quadros deve ser contabilizado para a sua progressão e posicionamento na carreira com a excepção (mesmo assim dolorosa e dolosa) do tempo de congelamento."

in Educação do meu Umbigo de Paulo Guinote


Por si, já suficientemente "frrrrreezing!", dizemos nós.